Judoca sorrisense disputa em São Paulo vaga para o circuito europeu da modalidade

Concentração, respiração cadenciada e o corpo todo em harmonia. Eduardo Nogueira está trabalhando duro em busca de um ippon (golpe perfeito), que pode levá-lo ao Circuito Europeu como integrante da Seleção Brasileira de Judô, Sub-21 com todas as despesas pagas. Há um mês Eduardo está em terras paulistas, primeiro Araçatuba e agora Pindamonhangaba, treinando para entrar no tatame no dia 2 de fevereiro e conquistar o primeiro lugar no meeting na categoria -66 quilos, faixa preta e arrumar as malas com destino ao Velho Mundo. Até lá, o atleta tem mais uma semana para treinar os golpes entre brasileiros, argentinos, e franceses no treinamento de campo da Confederação Brasileira de Judô (CBJ).

O pai, professor e treinador de Eduardo, Fábio Nogueira explica melhor essa longa história. “Em novembro do ano passado o Dudu disputou em Fortaleza (CE) a seletiva nacional para a Seleção Sub-21. Ele ficou em 9° lugar, conquistou bons pontos no ranking nacional e ficou colocado nessa seletiva entre os 12 melhores atletas da categoria. Além da chance de entrar para a seleção de base do judô sub-21 nacional, eles realizam agora o meeting que é uma competição entre eles e o finalista terá todo o circuito europeu de 2020 pago pela Confederação”, esclarece Fábio. Na seletiva nacional, aquela em que o Dudu ficou em 9° lugar participaram 72 atletas de todo o país. “O evento reuniu os melhores do país na categoria”, acrescenta um orgulhoso papai e treinador.

Fábio conta que apesar da pouca idade do filho -17 anos, Dudu e o tatame são velhos conhecidos. Isso porque ainda antes de completar um ano de idade, Eduardo já brincava de treinar judô. Tendo o pai judoca, o ingresso na modalidade foi um processo natural. Mas ser o pai e o treinador é responsabilidade em dose dupla. “O judô me auxiliou muito na educação e na cumplicidade que construí com meu filho. Nós dois moramos sozinhos desde que ele tinha um aninho e essa cumplicidade foi fundamental na nossa história. Mas ser filho de judoca já traz um peso e uma cobrança para o Eduardo, pois geralmente as pessoas acham que ele seguirá os meus passos. É claro que fico orgulhoso em vê-lo feliz no tatame conquistando seus sonhos. Como pai só quero continuar vendo esse sorriso largo, independente do caminho que ele escolher. Já como treinador preciso cobrá-lo e fazê-lo “ralar” muito”, conta.

Segundo o Fábio-treinador, “Eduardo treinou pesado e diariamente em 2019 para ir em busca do sonho dele e voar com as próprias asas. O treino não envolve somente a questão física, mas também muita disciplina e dedicação”, pontua. “Desde pequeno ele tem muita disciplina”, elogia e acrescenta que o Dudu, ex-aluno dos projetos de escolinhas de judô do município, hoje é professor da modalidade nas mesmas escolinhas. “O Dudu já suou muito como aluno nos projetos desenvolvidos pelas secretarias de Esporte e Lazer e de Educação e Cultura”, diz. “E ser professor no lugar onde você nasceu é um ippon”, comemora o próprio Dudu.

“Agradecemos à Prefeitura Municipal, aos profissionais das secretarias de Educação e Cultura e de Esporte e Lazer pelo apoio e incentivo que têm nos dado nas escolinhas municipais de judô e também para as viagens dos nossos atletas. Sem esse apoio não teríamos condições de participar de tantas competições, não teríamos descoberto tantos novos talentos e o Eduardo não estaria agora defendendo Sorriso no judô nacional”, finaliza o pai-treinador que acompanha o filho pelo celular e de coração na busca do golpe perfeito.

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