Mato Grosso registrou 17 mortes por dengue de janeiro até a primeira semana deste mês. No ano passado, até o mês de agosto, foram quatro mortes confirmadas por dengue no estado.
Todos os dias tem equipes de fiscalização da Zoonoses de Cuiabá para tentar combater os focos dos mosquitos, mas, mesmo assim, a doença avançou na cidade este ano.
De janeiro até a primeira semana deste mês, a capital registrou 780 casos. Já no mesmo período do ano passado, foram 410 casos. “Tudo isso se justifica pela situação que estamos vivendo. As pessoas adoecem e buscam as unidades de saúde para que se faça um diagnóstico clínico do que esteja sendo acometida”, explicou a técnica da Vigilância Sanitária de Cuiabá Alessandra Carvalho.
Agora com o período de estiagem, as autoridades de saúde afirmam que os casos estão aumentando.
Segundo Alessandra, o problema não está somente em terrenos baldios. “O que se observa é que o aedes aegypti está o ano inteiro, mas o que ocorre nesse período de seca é que os reservatórios de água nos fundos de quintais passam a ser aquele criadouro do mosquito”, contou.
A proliferação do mosquito também é preocupante em cidades do interior do estado. Em Rondonópolis, por exemplo, de janeiro até a primeira semana de agosto de 2019, foram registrados 643 casos. No mesmo período deste ano, já são 2.213 casos.
Neste mesmo período em Sinop, no norte do estado, foram 1.638 casos em 2019 e 8.321 confirmados neste ano. “Essa alta se deve a vários fatores, como aumento da população, inserção de um novo sorotipo e também a baixa de guarda da população. O estado tem feito várias ações em relação ao controle desses agravos, várias capacitações, atualização dos planos de contingência nos municípios de Mato Grosso, distribuição de insumos e campanhas de alerta”, explicou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica do estado Márcia Aurélia Veloso.
