Conforme o coordenador de Vigilância Sanitária do Município, Samuel Santos, a orientação é para que as pessoas comprem sempre peixes inspecionados. “A doença da “urina preta” está relacionada ao consumo de pescados e crustáceos cuja a origem, transporte ou armazenamento sejam desconhecidos”, diz.

Samuel ressalta que entre as espécies que podem apresentar a doença estão o tambaqui, arabaiana, conhecido como olho de boi, badejo ou crustáceos contaminados por uma toxina que pode causar rigidez no corpo. Entre os sintomas também estão dores fortes, dificuldade para respirar e a urina escura – que popularmente dá nome à enfermidade. “De modo geral, essa toxina causa uma necrose nos músculos”, destaca Samuel.

Por isso, a recomendação da equipe da Vigilância Sanitária é adquirir esses produtos só em locais com garantia de origem com registro em órgão competente com que tenha o Selo de Inspeção Federal (SIF); Serviço de Inspeção Sanitária Estadual (SISE); Serviço de Inspeção Municipal (SIM) ou no Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (SUSAF).

Até o momento, cinco estados brasileiros já registraram casos neste ano: Amazonas, com 61 casos, Bahia (13), Ceará (9) e Pará (6). Também foi relatado um óbito suspeito ainda em março em Pernambuco e dois em setembro, um no Pará e outro no Amazonas.

“Não há nenhum registro no Mato Grosso, mas independente disso, o ideal é observar sempre a validade do produto, aparência, cheiro e práticas de higiene do estabelecimento para uma compra segura seja de pescado ou de quaisquer outros produtos”, finaliza Samuel.