A gerência de Combate aos Crimes de Alta Tecnologia (Gecat) registra 50 inquéritos referentes à clonagem de contas do aplicativo de mensagens Whatsapp este ano. São relacionados a crimes cometidos não apenas em Mato Grosso. A maneira de agir é sempre parecida. Os criminosos usam o número para pedir dinheiro a familiares e amigos das vítimas. Geralmente, a ação é coordenada por um quadrilha, uma vez que a clonagem é feita em uma cidade, mas a conta para depósito e os saques são feitos em municípios distintos do país. A Gecat alerta sobre a importância de as vítimas registrarem o crime e elenca cuidados que usuários devem tomar para evitar golpes.
Segundo o delegado responsável pela Gecat, Eduardo Botelho, o número de ocorrências envolvendo a clonagem de números cadastrados na plataforma está aumentando de forma alarmante. Todos os dias, pelo menos dois registros do tipo são notificados na capital. “Digo esse número por alto, sem contar com as ocorrências do interior e fora as situações que não são levadas ao conhecimento da polícia”.
Botelho explica como os criminosos conseguem clonar a conta da vítima. Segundo ele, o golpista faz o cadastro do número de telefone do usuário em outro dispositivo e após esse processo, um SMS com o código de liberação de acesso é enviado ao celular da vítima. Pensando se tratar de uma atualização cadastral, a pessoa fornece o código ao golpista e em seguida sua conta de Whatsapp é bloqueada. “A maioria das vítimas informou que tinha anúncio na internet, como OLX, por exemplo. E os criminosos usam desse fator para conseguir o código, enviando a mensagem, alegando atualização de dados”.