O desembargador Marcos Machado, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), negou o pedido de liberdade de Jefferson Nunes Veiga, preso em flagrante após o acidente que matou o motorista de aplicativo Igor Rafael Alves dos Santos Silva, de 22 anos, e a diarista Marcelene Lucia Pereira, de 39 anos, na sexta-feira (8), na Avenida Filinto Muller, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. A decisão é dessa quarta-feira (13).
No acidente, a filha da passageira, uma menina de 5 anos, ficou ferida e, por causa disso, Jefferson também é investigado por lesão corporal grave.
Jefferson tentava reverter a decisão de primeiro grau, expedida pela 5ª Vara Criminal da Comarca de Várzea Grande, que converteu a prisão em flagrante em preventiva. Ele é investigado por, supostamente, ter cometido homicídio culposo, qualificado pela influência de álcool e lesão corporal grave.
A defesa do motorista defende que ele é réu primeiro, possui endereço e trabalho fixo e que, por isso, deveria responder em liberdade. O desembargador afirmou que a prisão preventiva foi fundamentada na garantia da ordem pública e na gravidade do caso. Lembrou também que o motorista que provocou o grave acidente tentou fugir do local após a colisão.
De acordo com o magistrado, existe ainda a necessidade do investigado permanecer preso porque ainda não houve a conclusão do inquérito policial sobre o caso. Também afirmou que ter bons antecedentes não são suficientes para a revogação da prisão preventiva.
O acidente
O veículo que provocou o acidente seguia no sentido Filinto Muller e perdeu o controle. O carro invadiu o canteiro e passou para outro lado da pista, atingindo outro automóvel que estava na frente. O motorista é suspeito de embriaguez. Após ser preso em flagrante, ele foi encaminhado para a delegacia. Em seguida, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) determinou a prisão preventiva do suspeito.
Segundo a Justiça, ele não teve direito à fiança.
Protesto
Os motoristas por aplicativo realizaram um protesto nessa quarta-feira, em Cuiabá para pedir justiça pela morte de Igor Rafael Alves dos Santos Silva. A manifestação iniciou no Fórum de Cuiabá, passou pela sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
O protesto terminou no início da Orla do Porto, divisa de Cuiabá e Várzea Grande, município em que ocorreu o acidente.
Carreata também passou pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) — Foto: Reprodução
De acordo com o Sindicato dos Motoristas Autônomos e por Aplicativo de Mato Grosso (Sindmaapp), o protesto foi um pedido por justiça no caso que vitimou Igor e também a sugestão de que as blitz da Lei Seca sejam realizadas em horário estendido por conta do grande número de motoristas bêbados que saem das festas.