O governo federal está considerando anular a compra dos lotes de arroz importado arrematados no leilão público realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 6 de junho. A medida será adotada se as empresas vencedoras não comprovarem, até 13 de junho, sua capacidade técnica e financeira para adquirir e entregar o cereal. Outra opção é impugnar algum arrematante e convocar o segundo colocado.
No leilão, a Conab adquiriu 263,37 mil toneladas de arroz importado e beneficiado, a um custo total de R$ 1,316 bilhão. O arroz será distribuído em 21 estados e no Distrito Federal a um preço tabelado de R$ 20 por pacote de 5 kg, com a logomarca do governo federal.
A empresa Wisley A de Sousa Ltda, maior arrematante com 147,3 mil toneladas, se comprometeu a acelerar a importação do arroz para amenizar os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul. Em nota, a Wisley destacou sua experiência de 17 anos no comércio atacadista de alimentos e lamentou as dúvidas sobre sua capacidade de importação.
Além da Wisley, outras vencedoras incluem Zafira Trading, ASR Locação de Veículos e Máquinas, e Icefruit Indústria e Comércio de Alimentos. A Zafira Trading, segunda maior arrematante com 73,8 mil toneladas, pretende expandir suas operações de importação de alimentos. ASR e Icefruit não se manifestaram.
As empresas devem depositar até quinta-feira uma garantia de 5% do valor da operação. Caso contrário, serão multadas em 10% e a negociação será cancelada. A Conab garantiu que está atenta para assegurar transparência e segurança jurídica na operação, convocando as bolsas de mercadorias para comprovar a capacidade técnica e financeira das empresas envolvidas.