“Atendemos suicídio justamente para confirmar que não se trata de homicídio. Começaram a chegar boatos de que o crime organizado teria matado o professor e estaria ameaçando outras autoridades da Secretaria de Educação. A DHPP esteve no local de crime e não tem nenhum indício de que se trata de homicídio. Essas informações sobre homicídio são realmente boatos”, afirmou o delegado, que prometeu se pronunciar oficialmente sobre o caso ainda nesta tarde.
Josias Souza lecionava na escola Aureliano Pereira da Silva e havia sido preso em flagrante no dia 04 de junho pela equipe da Polícia Civil por crime sexual contra um estudante de seis anos, no mesmo bairro. Ele costumava presentear os alunos com os quais supostamente abusava, sendo liberado após audiência de custódia na noite de 06 de junho, sob medidas cautelares impostas pela juíza responsável pelo caso.
A investigação da polícia civil que levou à prisão de Josias começou após análise de imagens de câmeras de segurança e o relato da mãe de um aluno que desconfiou quando o professor presenteou seu filho com itens como perfume, tênis, mochila e skate. O Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica e Sexual foi acionado pela Secretaria Municipal de Educação, que notificou as autoridades sobre a violência, corroborada por imagens de segurança da sala de aula.
Durante uma atividade orientativa sobre as ações do movimento Maio Laranja, realizada no dia 03 de junho na escola e focada na exploração sexual infantojuvenil, alguns participantes relataram que Josias fazia ‘brincadeiras’ inapropriadas, como tocar por dentro da camiseta dos alunos e fazer cócegas nas crianças.
Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e a Politec fizeram seu trabalho no local. As causas da morte do professor continuam sob investigação. O corpo foi encontrado pelo pai da vítima que acionou as autoridades.