Exportações de carne de frango a países árabes se aproximam de US$ 1 bi, mas derivados bovinos recuam

As exportações de carne de frango para os países árabes, no primeiro trimestre do ano, subiram 9,95%. De acordo com a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, que acompanha o comércio do Brasil com o bloco, as vendas seguem no mesmo ritmo de crescimento do ano passado, e atingiram os US$ 936,29 milhões.

A Arábia Saudita lidera as compras (total de US$ 256,94 milhões), seguida por Emirados Árabes Unidos (US$ 224,50 milhões) e Iraque (US$ 98,76 milhões).

Segundo a entidade, as vendas nesses mercados a tonelada do frango foi negociada a preços maiores. Na Arábia Saudita, avançou 19,47%, para US$ 2.474,62; nos Emirados Árabes Unidos, 3,44%, para US$ 2.041,84 no Iraque, 2,55%, para US$ 2.189,32 a tonelada, influenciando as vendas totais para cima em relação aos três primeiros meses do ano passado.

Carne de frango em alta

Os volumes mantiveram-se relativamente estáveis, com quedas em alguns mercados compensadas por avanços em outros. No conjunto, os 22 países árabes do Oriente Médio e do norte africano compraram 3,30% mais frango do Brasil, ou 453,59 mil toneladas.

Nos três mercados mais rentáveis, apenas a Arábia Saudita registrou variação positiva, de 1,28%, para 103,83 mil toneladas. Nos Emirados Árabes Unidos, o volume recuou 7,54%, para 109,95 mil toneladas, e, no Iraque, a queda foi de 2,81%, para 45,11 mil toneladas.

Recuo

Já as vendas de derivados bovinos, que alcançaram recorde histórico ano passado, tiveram recuo de 12,02%, para US$ 391,78 milhões. A Argélia, o mercado que mais comprou carne bovina do Brasil na região em 2024, segue com demanda firme. As compras do país no primeiro trimestre subiram 105,79%, para US$ 113,93 milhões. Em seguida vêm Arábia Saudita (US$ 64,58 milhões) e Egito (US$ 54,08 milhões).

No todo da pauta de exportações, da qual compreendendo alimentos e bebidas, as vendas aos árabes registraram recuo de 12,29%, para US$ 4,98 bilhões, queda que pode ter relação com o Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos, iniciado mais cedo este ano, em 28 de fevereiro, o que 0ossivelmente reduziu o ritmo dos embarques.

É comum observar antes do Ramadã um movimento de importadores e consumidores de formar estoques. Isso porque, durante o mês sagrado, o costume da maioria das famílias é jejuar durante o dia, comer à noite e sair de casa só para o estritamente necessário, explica Mohamad Mourad, secretário-geral da Câmara Árabe.

O executivo pontua que essa dinâmica é visível, inclusive, nas estatísticas de exportações, com as vendas para os países árabes alcançando o pico cerca de cinco meses antes do Ramadã, recuando durante o mês sagrado e retornando à normalidade logo depois dele.

Por isso acreditamos que os embarques se recuperem nos próximos meses. Teremos, então, condições de avaliar a demanda nos mercados árabes com mais precisão, pontua.

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