O secretário de Governo de Sorriso, Hilton Polesello, negou que o cemitério municipal esteja superlotado e afirmou que, embora estudos estejam em andamento para ampliar a capacidade, a criação de um crematório público não está na pauta da gestão neste momento.
Diante das informações divulgadas recentemente sobre uma suposta superlotação no Cemitério Municipal José Maria Pinheiro Oliveira e a possibilidade de implantação de um crematório público em Sorriso, o secretário municipal de Governo, Hilton Polesello, negou, nesta terça-feira (25), que o local esteja esgotado e afirmou que a gestão trabalha com alternativas para ampliar a capacidade de sepultamentos.
“Inexistem problemas de superlotação. Tivemos reunião há cerca de 30 dias com a Ager e a concessionária que administra o cemitério. A vida útil do espaço ainda é estimada entre dois e três anos”, explicou o secretário. Segundo ele, a prefeitura já iniciou estudos para a ampliação da área atual, com possibilidades como o recuo dos muros frontais para avanço da estrutura, além da realização de audiência pública para tratar da remoção de restos mortais de sepulturas antigas, cujas famílias não residem mais no município.
Apesar de o cemitério, com mais de 30 anos de funcionamento, registrar cerca de 33 sepultamentos por mês e não ter mais espaço para jazigos ou sepulturas em solo, a administração municipal afirma que a situação está sob controle com a utilização das chamadas “gavetas”, que continuam sendo construídas pela concessionária responsável.
A discussão sobre a criação de um crematório público foi levantada pela vereadora Jane Delalibera, que apresentou em maio um projeto ao Legislativo propondo a alternativa como forma de diversificar os tipos de sepultamento, reduzir custos e oferecer uma solução com menor impacto ambiental. Hoje, quem opta pela cremação precisa se deslocar para outros municípios, o que eleva os custos para as famílias.
Polesello, no entanto, afirmou que a proposta ainda não foi oficialmente apresentada à prefeitura. “O projeto está em estudo pela Câmara, mas ainda não chegou ao Executivo. É uma ideia válida, mas que envolve custos altos e, neste momento, não está na pauta da gestão. Se houver necessidade no futuro, pode ser considerada”, afirmou.
O secretário também antecipou que a prefeitura estuda a criação de um novo cemitério no município. “Até o final do ano, deveremos discutir esse tema com a sociedade em audiências públicas. A expectativa é que até 2026 ou 2027 tenhamos um novo cemitério planejado e iniciado”, completou.