Polícia Civil apreende mais de mil cigarros eletrônicos em loja de Sorriso; prejuízo estimado é de R$ 600 mil

O proprietário, já identificado, deve responder por contrabando, crime contra a saúde pública e crime tributário

Uma grande operação da Polícia Judiciária Civil (PJC) resultou, na tarde desta terça-feira (08), na apreensão de mais de 1.100 cigarros eletrônicos em uma loja que operava exclusivamente com a venda desse tipo de produto, cuja comercialização é proibida no Brasil. A apreensão ocorreu em Sorriso e, segundo as autoridades, o prejuízo estimado ultrapassa os R$ 600 mil.

De acordo com o delegado João Lucas Vanick, responsável pelo caso, a empresa — identificada como “Veiper Sorriso” — tinha estrutura profissional, com site, recepcionista, bonés personalizados, cartões de visita e apoio logístico de motoboys para entregas. “Apenas hoje, apuramos que mais de 60 clientes passaram pelo local para comprar cigarros eletrônicos”, revelou o delegado.

A investigação aponta que a loja vinha movimentando cerca de R$ 300 mil por mês com a venda dos produtos, todos comercializados sem qualquer controle, sem nota fiscal e fora dos padrões da Anvisa. “Era um mercado paralelo dentro de Sorriso. Entregas eram feitas online, sem solicitação de documento de identidade. Isso é muito grave, pois temos casos recorrentes de apreensão de cigarros eletrônicos com crianças e adolescentes em escolas da cidade”, alertou Vanick.

O delegado também chamou atenção para os riscos à saúde. “Todos os dias jovens entre 15 e 20 anos morrem em decorrência do uso desses dispositivos. Já há doenças associadas diretamente ao uso do cigarro eletrônico. A venda continua sendo proibida no Brasil, e enquanto assim for, vamos combatê-la com rigor para proteger nossa juventude.”

O proprietário da loja não foi encontrado no momento da apreensão, mas já foi identificado e se comprometeu a se apresentar à delegacia. Caso contrário, a Polícia deverá pedir sua prisão preventiva. Ele poderá responder por contrabando, crime contra a saúde pública e crime tributário.

A PJC reforça o pedido para que a população denuncie pontos de venda de cigarros eletrônicos pelo telefone 197.

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