A Operação Verdades Secretas, investiga oito pessoas, entre elas moradores de Sorriso, suspeitas de colaborar com o médico Thiago Bitencourt Lanhes Barbosa na produção e compartilhamento de material envolvendo crimes sexuais contra crianças e adolescentes
O médico Thiago Bitencourt Lanhes Barbosa, conhecido como Dr. Thiago (PL), e pelo menos outras sete pessoas são investigadas por suspeita de participação na produção e compartilhamento de conteúdos relacionados a crimes sexuais contra crianças e adolescentes. A Operação Verdades Secretas, deflagrada nesta quinta-feira (17), cumpriu 16 ordens judiciais, incluindo mandados de busca e apreensão e medidas para quebra de sigilo telemático.
O inquérito teve início a partir das ações do médico, que já foi indiciado por múltiplos abusos sexuais, e as investigações apontam para várias vítimas identificadas até o momento.
As diligências ocorreram simultaneamente em cidades de Mato Grosso — Canarana, Água Boa, Querência, Gaúcha do Norte, Rondonópolis, Várzea Grande e Sorriso —, além de uma ação em Recife (PE).
Entre os investigados estão sete mulheres, que mantinham relacionamento próximo com o médico, aparentemente sem saber das relações paralelas entre si, e um homem, suspeito de envolvimento direto na produção, armazenamento e possível disseminação do material pornográfico infantil.
As apurações indicam que o médico buscava se aproximar de mulheres que tinham contato direto com crianças, especialmente filhas, e há indícios de que algumas dessas mulheres tenham colaborado, mesmo que indiretamente, com os abusos.
Durante as buscas, foram apreendidos aparelhos eletrônicos como celulares e computadores, cujo conteúdo será analisado para identificar novas vítimas e possíveis outros envolvidos ainda não detectados.
Além disso, foi descoberto que uma das suspeitas realizou um aborto sob orientação do médico, o que amplia a gravidade da rede de manipulação e abuso psicológico no caso.
Novas vítimas de abuso sexual infantil foram identificadas durante a operação, evidenciando a necessidade da continuidade das investigações para garantir proteção e justiça às vítimas.
O médico investigado está preso preventivamente, cumprindo quatro mandados expedidos em diferentes inquéritos nos quais já foi formalmente indiciado por diversos crimes sexuais.