Um homem de 24 anos, morador de Várzea Grande, é o primeiro caso confirmado de intoxicação por metanol em Mato Grosso. O paciente está fora de risco, mas teve lesão ocular irreversível. As autoridades de saúde investigam a origem da bebida contaminada e intensificam ações para impedir novos casos no Estado.
Desde a identificação do caso suspeito, equipes do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) e das vigilâncias sanitárias estadual e municipais atuam no acompanhamento clínico e na investigação epidemiológica, seguindo todos os protocolos de contingência.
Em paralelo, a Vigilância Sanitária Estadual, com apoio da Polícia Civil, Procon e outros órgãos de segurança, realiza ações de rastreabilidade para descobrir a origem da bebida contaminada e impedir sua circulação no mercado. O objetivo é conter rapidamente o risco e verificar se o caso é isolado ou se há ameaça mais ampla à população.
Além do paciente confirmado, há um caso suspeito em investigação no município de Água Boa, o que reforça a necessidade de atenção redobrada.
O CIEVS alerta os consumidores para evitarem bebidas de origem duvidosa, especialmente as sem registro sanitário ou vendidas em locais irregulares. Também orienta que se desconfie de preços muito baixos, embalagens adulteradas ou rótulos danificados, e que se verifique sempre o selo fiscal (IPI) e o lacre antes de consumir bebidas destiladas, como whisky, vodca ou cachaça.
Entre 12 e 24 horas após a ingestão, os sintomas de intoxicação por metanol podem incluir visão embaçada, flashes luminosos, dor de cabeça, tontura, náuseas e vômitos. Nos casos mais graves, podem surgir convulsões, coma e perda de consciência.
A recomendação é buscar atendimento médico imediato em uma UPA ou pronto-socorro diante de qualquer sinal de intoxicação. A notificação rápida às autoridades sanitárias é fundamental para garantir o tratamento adequado e prevenir novos casos no estado.