O julgamento ocorreu no Tribunal do Júri de Sorriso, e o réu foi apontado como um dos responsáveis pela execução de Gabriel Alves Moura, de 14 anos, morto em abril de 2023 durante conflito entre facções rivais.
Paulo Borges Rocha foi condenado a 30 anos, quatro meses e 20 dias de prisão, em regime inicial fechado, pelos crimes de homicídio qualificado e participação em organização criminosa armada. O julgamento ocorreu na segunda-feira (3), no Tribunal do Júri de Sorriso, sob atuação do promotor de Justiça Luiz Fernando Rossi Pipino.
O Conselho de Sentença acatou por completo a tese apresentada pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, reconhecendo a autoria e materialidade dos crimes, além das qualificadoras de motivo torpe e do uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Também foi mantida a majorante por envolvimento em facção criminosa armada.
De acordo com a denúncia, Paulo Borges Rocha, integrante da facção Tropa Castelar — aliada ao Primeiro Comando da Capital (PCC) —, participou do assassinato de Gabriel Alves Moura, de 14 anos, em abril de 2023, no bairro Novos Campos, em Sorriso. O crime foi motivado por disputa entre grupos rivais e executado com arma de fogo, em conjunto com outros comparsas, o que impediu qualquer chance de reação da vítima.
Investigações apontam que o adolescente, supostamente ligado à facção Comando Vermelho, foi surpreendido na rua e perseguido por Paulo Borges Rocha e dois cúmplices. Tentando escapar, o jovem entrou no quintal de uma residência, mas foi cercado e atingido por vários disparos, morrendo antes de receber socorro. Após o homicídio, os envolvidos fugiram do local.