O Tribunal de Contas da União aprovou, por unanimidade, a renovação antecipada das outorgas, medida que vai permitir a construção da FICO, Ferrovia de Integração Centro-Oeste, no trecho que liga o município de Mara Rosa, em Goiás, a Água Boa, em Mato Grosso, com dinheiro da companhia Vale do Rio Doce.
A decisão foi comemorada pelo Governo do Estado.
A FICO vai receber investimento de mais de dois bilhões de reais e vai escoar a produção de grãos, como soja e milho, do Vale do Araguaia até a Ferrovia Norte-Sul, criando acesso aos principais portos do país.
Segundo o governador Mauro Mendes a construção da FICO vai ajudar Mato Grosso a produzir e escoar mais de 100 milhões de toneladas de grãos nos próximos anos.
“A região do Araguaia que será atendida com a chegada dessa ferrovia é predominantemente de Cerrado e tem um potencial gigante de crescimento. Podemos produzir em torno de 30 milhões de toneladas nos próximos cinco, dez anos. Hoje Mato Grosso produz 70 milhões, então com mais 30 milhões poderíamos romper a casa dos 100 milhões de toneladas”, explicou o governador.
Mendes destacou que é fundamental ter uma infraestrutura e logística adequada para transportar esse volume de produção aos mercados interno e externo.
“Esse investimento na renovação antecipada das outorgas é extremante relevante e altamente estratégico para o Brasil. Investir nesse setor vai trazer grandes benefícios para a economia de Mato Grosso e também para a economia do país, que passa hoje por dificuldades”, lembrou Mendes.
Para o secretário chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, a construção da FICO vai representar um novo marco no desenvolvimento econômico de Mato Grosso.
No projeto, está previsto que a FICO começaria em Campinorte, Goiás, fazendo ligação com a Ferrovia Norte-Sul. Na primeira etapa, chega até Água Boa num percurso de 383 quilômetros.
