Em coletiva com a imprensa nesta manhã (10), o prefeito Ari Lafin anunciou que o Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Fátima tem interesse imediato em instalar cinco leitos para atendimento de UTI Covid-19. “Tudo depende da avaliação da vigilância sanitária estadual que deve vir à Sorriso amanhã (11) para isso”, explica Ari. O prefeito pontua ainda que, se aprovado, o Hospital Fátima poderá subir esse número para até dez leitos. A primeira reunião com a direção do Instituto de Gestão Hospitalar e Assistência à Saúde do Estado de Mato Grosso (IGHASMAT), que gerencia o Hospital Fátima foi realizada em fevereiro.
O Hospital Nossa Senhora de Fátima conta com 36 leitos para internação normal e 04 leitos para internação semi-intensiva e um centro cirúrgico com 237m² composto de quatro salas de cirurgias, equipadas com aparelhos modernos. São 2.374 m² de área construída em um espaço total de 7.073,00 m².
Ari destaca que além da disposição da direção do Fátima, hoje uma comitiva de empresários e médicos está no município para analisar outras possibilidades também. O prefeito ressalta que “estamos há um ano buscando mais leitos, tentando ampliar o atendimento de UTI, mas não é algo fácil, é necessário também pensar em equipes para trabalhar e recursos para manter”, diz. Segundo Ari, uma comissão foi montada sob a presidência do secretário de Administração, Estevam Calvo, para a análise de outras possibilidades que possam levar a implantação de mais leitos de UTI no município.
Hoje o Governo do Estado repassa R$ 2 mil/dia para hospitais privados com leitos credenciados no SUS, valor insuficiente para manutenção do leito. “Estamos, juntamente com a Câmara de Vereadores, dispostos a complementar o valor”, frisa. O prefeito também lembra que assim que um leito é credenciado no SUS, ele necessita atender qualquer paciente e não somente do município. “Essa luta é de todos”, lembra.
O presidente da Câmara, Leandro Damiani, destaca que a busca por novos leitos vem sendo trabalhada há muito tempo. “Já cobramos o governador, o secretário de Estado de Saúde, várias vezes. Sugerimos ao secretário que acelere a reforma do Hospital Regional de Sorriso para implantar mais dez leitos”, explica. Damiani acrescenta que na semana passada o secretário Gilberto Figueiredo visitou o HRS e se comprometeu em acelerar a reforma. “Todos os vereadores estão empenhados nessa busca”, lembra.
O secretário de Saúde e Saneamento, Luís Fábio Marchioro, pontua que a abertura de novos leitos é essencial, mas “mais do que isso precisamos trabalhar conscientização e evitar o contágio porque se criarmos 10 leitos de UTI, eles irão lotar imediatamente, se criarmos 20 ou 30, irá acontecer a mesma coisa”, frisa. “Portanto, mais do que nunca precisamos ser conscientes e fazer uso da máscara, do álcool 70%, evitar as aglomerações e festas clandestinas”, diz. “Já temos estudos demonstrando que o vírus tem novas variantes ainda mais contagiosas. Estamos no momento mais crítico da pandemia, com 51 pessoas internadas hoje, então mais do que nunca, precisamos nos cuidar e cuidar do outro”, ressalta.
“Estamos com um Hospital de Campanha Municipal aberto há um ano. Esse hospital é mantido com recursos inteiramente municipais: equipes, medicamentos, estrutura, equipamentos”, aponta Marchioro. “Nosso HCM já realizou mais de 50 mil atendimentos médicos nesse período, são muitas vidas salvas com atendimento precoce e equipes muito dedicadas à essa missão”, salienta.
Estrutura do HC
O Hospital de Campanha Municipal está aberto 24 horas e conta com três equipes médicas trabalhando diuturnamente. A unidade (HCM) dispõem de 15 leitos com oferta de oxigênio medicinal com reservatório próprio com capacidade para 30 mil metros cúbicos; 19 respiradores também estão à disposição na estrutura, cinco deles de última geração e de UTI. Há ainda, 19 cápsulas Vanessa distribuídas entre o HC e a Unidade de Pronto Atendimento Sara Akemi Ichicava, equipamentos como o BiPAP; uma sala de raio-X, a Central de Coletas de Exames para suspeitos de Covid-19 e o serviço de fisioterapia disponível para pacientes internados e fisioterapia cardiopulmonar para os pós Covid.
Além da atual estrutura, caso for necessário é possível ampliar o atendimento com a oferta de mais nove leitos; o município dispõe ainda de cinco leitos de estabilização instalados na UPA. Quando há necessidade de exames especializados, como de tomografia, o município tem arcado com os custos em clínicas particulares.
