Escolas estaduais realizam, nesta semana, a Avaliação Diagnóstica para verificar a aprendizagem dos estudantes do 2ª ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio. Aproximadamente 320 mil alunos devem fazer as provas, disponível também no formato digital. O Avalia MT começou na segunda-feira (24.05) e vai até sexta-feira (28.05).
A avaliação diagnóstica é feita pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), em parceria com a Caed (Fundação Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação, da Universidade de Juiz de Fora), e abrange questões de matemática e língua portuguesa. O objetivo é, a partir do resultado, fazer as intervenções necessárias para recuperação do aprendizado.
Na Escola Estadual Jayme Veríssimo de Campos Júnior, em Alta Floresta, parte dos estudantes agendou para fazer a prova impressa na própria escola. Para evitar algomeração e contaminação pelo coronavírus, são atendidos somente cinco estudantes por período, mantendo o distanciamento entre eles e o uso obrigatório de máscara e álcool em gel.
“Os professores ligaram para os familiares dos estudantes, explicando a importância da avaliação e a participação deles, e pedindo autorização para virem à escola. Excluímos casos de grupos de risco, fazemos a aferição de temperatura na entrada e organizamos a entrada com o tapete sanitizante”, explicou a coordenadora pedagógica Jakeline Santos Cochev da Cruz.
A unidade atende em período integral e tem 315 estudantes matriculados do 8º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. “A ideia é alcançar o máximo de estudantes possível para conhecermos o perfil de dificuldades e organizarmos propostas melhores para eles neste momento de pandemia”, disse Jakeline.
Tudo pela internet
A Escola Estadual Padre Tiago, em Mirassol D’Oeste, também enviou comunicado para os pais e responsáveis reforçando a importância de todos os estudantes fazerem a avaliação diagnóstica. “Estamos aplicando [a prova] digital e impressa. Até o momento há uma boa participação dos alunos”, disse a coordenadora pedagógica da escola, Gleici Faneli.
Por causa do alto índice de contaminação da Covid-19 no município, a unidade de ensino optou por não realizar as provas com os alunos dentro das salas de aula, ainda que com agendamento. A medida foi tomada por questões de biossegurança.
Medidas de biossegurança
Na Escola Estadual Ivaldino Frâncio, em União do Sul, as avaliações diagnósticas ocorrem de forma presencial. O diretor Almir Pissaia Xavier da Silva explicou que a decisão foi tomada por causa da ausência de recursos tecnológicos de grande parte dos estudantes.
“Sabendo que nossos alunos possuem um acesso restrito à internet e visando obter resultados reais, realizamos uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação, que é responsável pelo transporte, e os alunos estão vindo participar”, disse.
Ele reforçou que a escola está preparada com todos os equipamentos de biossegurança e que, para que a avaliação pudesse ser realizada, foram divididos grupos de seis a 12 alunos, distribuídos em salas de aula, mantendo o distanciamento necessário para evitar o contágio da Covid-19.
“Os alunos estão ansiosos pelo retorno híbrido, bem como os pais e professores da escola. Sabemos que vivenciamos um período difícil, mas a educação não pode parar. O prejuízo ao desenvolvimento cognitivo dos alunos é imenso”, afirmou o diretor.