Fecomércio-MT e demais entidades representativas do comércio e da indústria se antecipam à crise do coronavírus em Mato Grosso

Conscientes do risco que o coronavírus pode trazer à saúde e economia local, a Fecomércio-MT e demais entidades representativas do comércio e da indústria produziram e entregaram um documento oficial direcionado ao Governo do Estado de Mato Grosso com medidas que amenizem o impacto da doença nas empresas do estado, visando à manutenção do emprego e renda.

A reunião para tratar do assunto foi realizada na sede da própria Fecomércio-MT nesta quarta-feira (18) e contou com todas as medidas de prevenção à transmissão do vírus, como a utilização de máscaras e o fornecimento de álcool para higienização as mãos. No dia seguinte, 19, foi protocolizado no Palácio Paiaguás a entrega do documento.

Para o presidente José Wenceslau de Souza Júnior, da Fecomércio-MT, o documento assinado por todos mostra a representatividade dos setores produtivos de Mato Grosso perante as autoridades públicas e que visa zelar pela continuidade da atividade econômica no estado.

Wenceslau enfatizou ainda a preocupação do setor com os efeitos da doença e o impacto para os negócios. “Com a indicação do governo para que as pessoas fiquem em casa e com a possibilidade de termos que fechar o comércio, o fluxo de caixa vai a zero. Isso vai fazer a maioria dos negócios ‘quebrarem’ e haverá desemprego em massa”.

O documento tem a colaboração da Fecomércio-MT, da Fiemt, FCDL Mato Grosso e Facmat, além da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Mato Grosso (ABIH), da Associação Mato-grossense de Atacadistas e Distribuidores (Amad), da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá (AEDIC) e demais entidades como ADEPAN e Skat MT.

Nele, traz por exemplo a alteração do horário do comércio de rua para o período das 10h às 18h, respeitando a carga horário máxima estipulada pela CLT. Além disso, traz ainda a suspensão dos pagamentos do IPVA por 180 dias para todas as pessoas físicas e jurídicas, assim como a suspensão, pelo mesmo prazo, dos débitos empresariais já existentes.

Como sugestão de fontes de receita frente à queda de arrecadação do estado, o documento pede, por exemplo, o congelamento do pagamento das verbas indenizatórias em todos os poderes e redução de repasse de Duodécimo aos poderes em 30%.

Além do documento direcionado ao governo estadual, as entidades participantes já emitiram ofícios à Energisa solicitando a suspensão por 180 dias das contas de luz e o parcelamento de débitos em até 10 vezes. O mesmo pedido foi direcionada para a Águas Cuiabá, companhia de saneamento básico da capital.

Para as instituições financeiras, a solicitação é pela prorrogação de vencimentos dos compromissos das empresas por 180 dias, com redução das taxas de juros e repactuação das dívidas existentes.

Já o ofício encaminhado à Prefeitura de Cuiabá, direcionado ao prefeito Emanuel Pinheiro, solicita a suspensão dos pagamentos de taxas e tributos municipais para as pessoas físicas e jurídicas também por um período de 180 dias. Assim como a isenção do pagamento da taxa de lixo em bares e restaurantes.

O Sistema S do Comércio, composto pela Fecomércio, Sesc e Senac em Mato Grosso, é presidido por José Wenceslau de Souza Júnior. A entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está sob o comando de José Roberto Tadros.

Veja também

Sorriso: bebê de 3 meses morre após ser amamentado durante madrugada

Abalo sísmico de 3,2 graus é registrado em Ribeirão Cascalheira, Mato Grosso

Menor foge de abordagem policial e colide carro da mãe em rotatória no centro de Sorriso

Condições facilitadas são oferecidas pelo programa Refis Extraordinário II, do Governo de MT

Fazenda MT amplia obrigatoriedade de integração de Notas Fiscais com meios eletrônicos de pagamento

Prefeitura de Sorriso promoverá Pregão Eletrônico para serviços veterinários de castração e tratamento animal