Secretaria de Estado de Saúde não vê provas de violência obstétrica e arquiva investigação

Secretaria de Estado de Saúde (SES) arquivou a sindicância que apurava denúncia de violência doméstica no Hospital Regional de Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá). Na ocorrência, a gestante sangrou os olhos após fazer força durante o parto, que teria ocorrido de forma irregular por conta da equipe médica.

Contudo, após fazer levantamento do prontuário e análise de outras informações junto à unidade de saúde, a SES determinou o arquivamento da sindicância nesta quarta-feira (10). Segundo a pasta, a mulher teria recebido todos os cuidados necessários desde o pré até o pós-parto.

“(…) recebeu os cuidados necessários durante o período do pré até o pós-parto ocorrido em 04/06/2022 no Hospital Regional de Sorriso e que não há evidências que possam corroborar diretamente com as alegações de violência obstétrica”, narra trecho da portaria que determinou o arquivamento da investigação.

O caso

A sindicância foi instalada pela SES no dia 21 de junho após a adolescente Valéria de Mello, 17 anos, dar sucessivas entradas na unidade de saúde para o parto. Na data do fato, o caso ganhou ampla repercussão e gerou comoção nas redes sociais.

O caso foi denunciado no dia 8 de junho por Ronaldo Francisco, esposo de Valéria, em uma postagem em sua rede social.

Ronaldo disse que a esposa deu entrada pela primeira vez no hospital no dia 1º de junho. Ela ganhou alta mesmo sendo constatado, por aparelhos, que estava com início de dilatação e contração.

Três dias depois, em 4 de junho, às 19h30, Valéria retornou à unidade. Novamente com dores e contrações, ela foi avaliada e liberada uma hora depois. Porém, a adolescente voltou às 21h50 por não aguentar as dores.

A gestante então foi encaminhada a um quarto em que não era permitido ter acompanhantes. “Ficou jogada a sorte de ter um parto tranquilo pois acompanhamento nenhum existia!”, diz.

Ainda segundo Ronaldo, com a sua esposa tendo fortes dores, uma enfermeira pediu que ela ficasse quieta, “pois quando estava fazendo, tava bom”.

Na madrugada do dia 5, às 5h, uma outra enfermeira constatou que os batimentos cardíacos do bebê estavam fracos e Valéria precisou ser encaminha às pressas para o trabalho de parto.

O marido contou que em meio ao desespero sofrera outra humilhação, dessa vez por parte da médica. “Com muito desprezo por sua profissão, uma doutora demonstrava por gesto de nojo quanto com palavras, estava bem claro que não tinha que estar lidando com vidas”.

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