Cabo denuncia superiores por assédio, perseguição e coação

Cabo feminina da Polícia Militar em Mato Grosso denuncia comandante e sub-comandante por assédio moral no trabalho, perseguição e coação. A militar T.S.N.S., 37 anos, há 14 anos na corporação, formalizou a denúncia na segunda-feira (17) com registro de ocorrência na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) em Rondonópolis (212 km ao sul), cidade onde está lotada.

De acordo com ela, a situação de perseguição e assédio se arrasta desde junho de 2020 e se agravou a ponto dela ser presa em flagrante, dentro da Companhia PM da Vila Aurora, no dia 2 de agosto, após descarregar a sua arma em uma caixa de areia. Ato de desabafo, segundo ela, ocorreu depois de ser mais uma vez humilhada pelo superior.

Um relato detalhado, com 9 páginas, foi entregue pela Cabo, que é bacharel em direito, à Associação em Defesa e Garantia dos Direitos das Mulheres do Estado na mesma data.

Os alvos da denúncia são o comandante do 5º Batalhão da PM em Rondonópolis, tenente-coronel Gleber Cândido Moreno, e o sub-comandante Heryk Henryk de Deus Pereira.

As denúncias envolvem mudanças constantes na escala de serviço da militar, que em uma ocasião teve que levar as duas filhas menores para o quartel por não ter com quem deixá-las. No dia em que foi presa pelos disparos na caixa de areia, relata que foi até a sala do sub-comandante questionar essas constantes mudanças na escala, que estavam lhe prejudicando. O oficial pediu para que um sargento, que estava presente, deixasse a sala. “Ele respondeu que não fez filho comigo e meus problemas pessoais que eu resolvesse”, relata a vítima em denúncia. “Pedi permissão para sair, saí da sala e fui direto na caixa de areia e descarreguei o revólver. Foi muita falta de respeito e não aguentei esse sofrimento. Poucos segundos depois ele mesmo passou correndo do meu lado e me deu voz de prisão”.

Ela relata que passou mal com o episódio. Estava muito nervosa, ficando hospitalizada durante a noite toda, após atendimento do Samu. Pela manhã, após consulta com psiquiatra foi diagnosticada com estresse por esgotamento profissional. Mesmo diagnóstico recebeu do médico legista do Instituto Médico Legal (IML), para onde foi encaminhada para passar por exame de corpo delito, decorrente da prisão em flagrante.

 

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