Dj Patrike Noro de Castro, ex-diretor do IFMT Ali Veggi Atala, ex-vereador de Cuiabá Arnoldo Silva Veggi e os empresários Edgar dos Santos Veggi e Edilson Rodrigues de Campos tiveram suas prisões preventivas decretadas pela Justiça no âmbito da Operação Hermes.
A ação foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (1) pela Polícia Federal. Objetivo da operação é reprimir crimes contra o meio ambiente, comércio ilegal de mercúrio, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Conforme noticiado pela reportagem, a ação desarticulou grupos criminosos que atuavam na mobilização ilegal de mercúrio. Esquema movimentou milhões ao longo de anos e rendeu bloqueio de contas dos alvos da operação.
Decisão judicial que autorizou a deflagração da operação aponta que a ação visa desarticular 4 grandes grupos que apresentam suspeita de envolvimento nos esquemas ilegais.
Os grupos alvos da operação são: Apliquim Equipamentos e Produtos Químicos LTDA; Nothi Comercial LTDA; “Grupo” Veggi, formado por pessoas físicas e jurídicas e Metalms Indústria Brasileira de Metais LTDA.
Ainda segundo a decisão, apontamentos do Ministério Público Federal e da Polícia Federal dão conta que Arnoldo, Edgar, Ali e Edilson seriam do alto comando da organização criminosa.
“Arnoldo seria responsável pela parte operacional e política do esquema; Edgar o responsável financeiro; Ali cuidaria da parte técnica, por ter formação em Química; e Edilson atuaria na movimentação e parte operacional, com a expertise obtida desde 2013”, diz trecho da decisão.
Em um grau hierárquico inferior na organização, Patrike movimentou em sua conta bancária R$ 455.712,69, em pouco mais de dois meses no ano de 2021, entre empresas diretamente ligadas ao grupo.
Também alvos da operação, foram registrados mandados de prisão temporária contra: Andre Ponciano Luiz; Anderson Ferreira De Farias; Marcelo De Queiroz Machado; Antonio Carlos Costa De Almeida; Nilson Pereira Gomes; Wagner Fernando Gonçalves; Felix Lopez Bress; Bruna Damasceno Veggi e Edy Veggi Soares.
Bloqueio bilionário
Diante dos danos ambientais causados, Justiça determinou o bloqueio e sequestro de bens de pessoas e empresas envolvidas no esquema.
“Os elementos colhidos durante a presente investigação apontam para, no mínimo, o enriquecimento ilícito de todos os envolvidos, ao menos com os lucros obtidos em razão da comercialização ilegal de mercúrio e sua utilização no garimpo”, narra trecho da decisão.
O montante total bloqueado supera R$ 1,1 bilhão de reais. Deste total, R$ 408.232.566,09 foram indisponibilizados do Grupo Veggi de forma solidária entre as pessoas físicas e jurídicas do grupo. O restante, contudo, foi bloqueado seguindo a tabela abaixo: