OAB classifica como arbitrária conduta de policiais militares que prenderam advogados

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Mato Grosso, repudiou a prisão ilegal dos advogados Rodrigo Marinho e Márcio Carvalho e classificou como arbitrária a abordagem dos policiais militares durante uma ocorrência no bairro Pedregal em Cuiabá na madrugada desta terça-feira (24). Por outro lado, a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar afirmou que não compactua com atos que configurem excessos.

Por meio de nota, a OAB informou que os advogados estavam atuando no exercício regular da profissão. Segundo as informações do advogado Rodrigo Marinho, ele foi acionado pelos familiares de um cliente e informado de que o rapaz estava sendo agredido por policiais militares no bairro Pedregal. Ao chegar no local, Marinho encontrou o cliente “prensado” no muro e um dos agentes dando tapas no rosto dele.

Logo depois, ele se identificou como advogado mas foi ordenado para que mantesse distância e empurrado. Durante o desentendimento, Marinho ligou para Márcio Carvalho e Ariane Ferreira Martins que foram até o local.

Em uma nova confusão, o advogado Márcio começou a gravar a situação e os policiais não teriam gostado da atitude. Neste momento, ele teria sido agredido com socos. Os militares deram voz de prisão para os advogados Márcio e Marinho que foram conduzidos ao Cisc Verdão.

Após tomar conhecimento do caso, a OAB informou que vai requerer da instituição as providências necessárias para apurarem a conduta dos agentes.

“Ressaltamos que após conhecimento do fato e despacho com a Autoridade Policial competente os colegas Advogados foram liberados sem qualquer indiciamento ou lavratura de Termo Circunstanciado, o que representa a ilegalidade e arbitrariedade da conduta dos Policiais Militares”, diz trecho da nota.

Acompanhamento

Por meio de nota, a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar (ACS-PMBM/MT) afirmou que está prestando atendimento aos policiais militares associados citados na situação. Pontuou ainda que “por ser uma entidade representativa de militares, não comunga com atos que configurem excessos, no entanto é importante aguardar o desenrolar das investigações, as quais demostrarão o contexto fático”.

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