Gaeco revela que facção usa advogada para simular locação de mansões

As investigações do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) apontaram que Sandro da Silva Rabelo, o Sandro Louco, juntamente com sua esposa, Thaisa Souza de Almeida Silva Rabelo, utilizavam até mesmo uma advogada para ocultar os valores recebidos por conta da atuação criminosa. O casal é apontado como principal liderança do Comando Vermelho em Mato Grosso e foi alvo da Operação Ativo Oculto, deflagrada na quinta-feira (24).

De acordo com o Gaeco, a advogada Adriana Borges Souza da Mata estaria ligada de forma direta a Thaisa Rabelo, esposa de Sandro Louco. Segundo as apurações, a jurista era responsável por ocultar a vida luxuosa levada pela mulher do líder do Comando Vermelho em Mato Grosso, oriunda das atividades ilícitas da organização criminosa.

O Gaeco apontou, por exemplo, que Adriana foi responsável pelo contrato de locação dos imóveis de alto padrão nos quais Thaisa residiu (Condomínio “Brasil Beach Home Resort Cuiabá” e Condomínio “Florais da Mata”). Os investigadores ressaltam que os documentos foram alvos de falsidade ideológica, já que a advogada aparece como locatária.

A última residência de Thaisa Rabelo, no condomínio Florais da Mata, foi alugada em nome da advogada por R$ 9,6 mil mensais. No entanto, de acordo com o Gaeco, a jurista nunca residiu em nenhum destes imóveis.

Ela apenas utilizava seu nome como estratégia para dissimular os valores, já que a esposa de Sandro Louco não possuía qualquer ocupação lícita, não podendo assim arcar com os valores da locação. A jurista teria, ainda, realizado transferências bancárias a uma pessoa identificada como Cidiney Rodrigues Ferreira no valor de R$ 233.895,50, através de 61 operações financeiras.

Ela também ‘alugou’ um token e uma conta bancária, pelo custo mensal de R$ 2 mil, apontaram os investigadores. As contas seriam usadas para lavar valores oriundos das ações do Comando Vermelho.

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