Moraes autoriza inquérito para apurar se Coronel Fernanda organizou transporte de manifestantes

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes autorizou nesta quarta-feira (29), abertura de inquérito contra a deputada federal de Mato Grosso, Coronel Fernanda (PL-MT), pela suspeita de organizar transporte de bolsonaristas de Mato Grosso a Brasília para participar do ato do dia 8 de janeiro, que resultou na depredação das sedes dos Três Poderes.

Conforme o Estadão, decisão atendeu a um pedido da Polícia Federal (PF). A investigação vai correr em sigilo. Ela é a quinta deputada investigada por possível envolvimento nos protestos radicais que vandalizaram os prédios do STF, do Congresso e do Planalto. A reportagem do Estadão entrou em contato com o gabinete da deputada. A equipe informou que ela ‘não tem nada a declarar’.

Entenda

Na primeira quinzena de março, reportagem da UOL revelou que a aposentada Gizela Cristina Bohrer, 60 anos, moradora de Barra do Garças (518 km de Cuiabá), em depoimento à Polícia Federal disse que Coronel Fernanda teria sido uma das responsáveis por organizar uma viagem de ônibus às vésperas dos atentados em 8 de janeiro.

Outros dois citados foram a advogada e candidata e deputada federal Analady Carneiro da Silva (PTB-MT), que não se elegeu, e Rafael Yonekubo (PTB-MT), que ficou como suplente. Ano passado, ambos foram alvos de operação da PF que mirou apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que participavam e financiavam atos antidemocráticos, como bloqueios de rodovias e protestos em quartéis.

“Os três coordenam grupos de WhatsApp e organizam caravanas para Brasília já há dois anos; que tais caravanas tinham por objetivo o apoio ao então Presidente Bolsonaro, tais como fizeram por ocasião dos desfiles de 7 de setembro e 15 de novembro de 2021 e 2022”, contou à PF. “Todo mundo que vem nesses ônibus vem de graça e recebe todas as refeições de graça”, afirmou a moradora de Barra do Garças.

No depoimento, Gizela também admitiu que entrou nas instalações do Congresso Nacional durante o ato do dia 8 de janeiro, mas afirmou que “não aprova invasões”. “Entrou no Congresso pois estava chocada e queria filmar o que tinha ocorrido”, afirmou. Questionada sobre os responsáveis pela depredação, ela apenas afirmou que “acredita que quem fez o ‘quebra-quebra’ foram bandidos infiltrados”.

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