Advogado é preso por usar nome de pessoas falecidas para fraudes

Um advogado, morador da cidade do Rio de Janeiro (RJ) e suspeito de usar a assinatura de outro advogado já falecido para a prática de estelionato, teve o mandado de prisão cumprido pela Polícia Civil de Mato Grosso, na quarta-feira (03), em ação da Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá.

A ordem judicial contra o advogado foi expedida pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá com base em investigações da Delegacia de Estelionato que apuraram os crimes de uso de documento particular falso, tentativa de furto qualificado pela fraude, estelionato e tentativa de estelionato.

As investigações apontaram que durante os anos de 2021, 2022 e 2023, e fazendo uso de um substabelecimento com assinatura falsificada de um advogado já falecido, o suspeito levantava alvarás nos processos como se fosse o sucessor do advogado morto. As partes a quem pertencia o dinheiro, entretanto, alegaram que jamais ouviram falar no advogado.

Em razão do volume do prejuízo causado pelo investigado, que ultrapassou os R$ 100 mil, o delegado Herbert Yuri Figueiredo Rezende representou pela prisão preventiva, suspensão do exercício da advocacia e bloqueio de bens no valor do prejuízo causado, todas elas deferidas pela Justiça e cumpridas na tarde de quarta-feira (04).

“A Polícia Civil de Mato Grosso, como órgão responsável por apurar infrações penais, não medirá esforços para garantir a integridade do sistema de Justiça, ainda mais quando os responsáveis pelos crimes forem aqueles que mais deveriam protegê-lo, caso dos advogados. Toda e qualquer violação do sistema será severamente reprimida, justamente para proteger a atuação daqueles que agem de boa-fé e respeitam os direitos de seus clientes”, disse o delegado.

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