Polícia Civil prende líder religiosa por tentar atrapalhar investigação de estupro em Sorriso

Na tarde da última terça-feira (23/05), a Polícia Civil efetuou a prisão de uma mulher em Sorriso, que estava envolvida em uma tentativa de atrapalhar uma investigação da Delegacia do Município. A mulher foi detida sob acusação de crimes de favorecimento pessoal e embaraçamento da atividade do Conselho Tutelar.

Os eventos que levaram à sua detenção tiveram início na manhã do mesmo dia, quando uma equipe do Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica e Sexual, da Delegacia de Sorriso, acompanhou o Conselho Tutelar até o Distrito de Primaverinha. O objetivo era averiguar uma situação de maus-tratos contra cinco crianças, que eram irmãs de uma adolescente vítima de estupro de vulnerável.

O estupro cometido pela padrasto da adolescente havia resultado em sua prisão em flagrante durante o fim de semana, e a Justiça havia convertido a prisão em flagrante em prisão preventiva na segunda-feira. A vítima, ouvida em escuta especializada, relatou os abusos sexuais e violências físicas que sofreu do padrasto desde os cinco anos de idade, em diversas cidades onde a família havia residido, até ela completar 16 anos e começar a se defender das investidas.

Durante a visita à residência da mãe das crianças, que estava sendo investigada pela delegacia, não foi encontrada nenhuma pessoa. Além disso, a casa apresentava sinais claros de abandono recente e péssimas condições de higiene pessoal, condizentes com o abandono de incapaz. A equipe observou larvas no chão da casa, visíveis por uma janela aberta. Após investigações, os policiais receberam informações da vizinhança de que um carro preto havia passado no local na noite anterior e levado a mãe e as crianças.

Durante as diligências, os policiais descobriram que uma pastora local tinha informações sobre o paradeiro da família. No entanto, ao ser questionada pelos investigadores e conselheiras, ela alegou desconhecer o assunto e afirmou que o desaparecimento da mãe e dos filhos deveria ser apurado, mesmo tendo recebido informações sobre a localização da família algumas horas antes.

Posteriormente, a polícia descobriu que outras pessoas haviam auxiliado a família a deixar a residência no distrito na noite de 22 de maio e os levado para Lucas do Rio Verde. Em Lucas do Rio Verde, os policiais de Sorriso apuraram que uma dessas pessoas que acolheram a família da vítima não tinha conhecimento dos crimes, incluindo o estupro do qual a adolescente foi vítima. Em depoimento, essa pessoa afirmou que na manhã de 23 de maio havia informado à pastora que a adolescente estava em sua casa.

Com base nas informações obtidas, a delegada Jéssica Assis concluiu que a pastora havia colaborado para ocultar a suspeita, mãe da vítima, além de mentir.

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