Sorriso: Defensoria Pública pede exclusão de julgamento por júri popular no caso do desaparecimento de Sara Vitória

A Defensoria Pública de Mato Grosso solicitou a despronúncia, ou seja, a exclusão do julgamento pelo júri popular, do pedreiro e catador Antônio Ramos Escobar, acusado pela morte da menina Sara Vitória Fogaça Paim, desaparecida em Sorriso no ano de 2010, quando tinha 5 anos de idade.

O motivo para tentar “exonerar” o principal suspeito do desaparecimento da garota – um caso de repercussão nacional, especialmente por nunca ter sido encontrado o corpo da menina – é que a Defensoria Pública identificou um novo suspeito.

A informação foi revelada durante o julgamento de um habeas corpus em favor de Antônio Ramos Escobar pela Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT), no dia 31 de maio deste ano. O defensor público Thiago Almeida Morato Mendonça, responsável pela defesa de Escobar, revelou que as evidências sobre o desaparecimento e a morte de Sara Vitória são “mais consistentes” em relação a um homem identificado como Jonas Ribeiro dos Santos.

De acordo com o membro da Defensoria Pública de Mato Grosso, o “novo suspeito” foi denunciado pelo próprio tio, que afirmou que o sobrinho era “totalmente introvertido” em relação a outras pessoas – exceto em relação a Sara Vitória, já que “comprava doces e a pegava no colo”.

Segundo o defensor, Jonas Ribeiro dos Santos teria mencionado ao tio, no dia do desaparecimento, em 1º de junho de 2010, que “iria pescar” – uma justificativa ouvida apenas pelo parente do suspeito, não sendo compartilhada com outras pessoas. “Jonas era totalmente introvertido com as pessoas, exceto em relação a Sara, a menina desaparecida. Ele comprava doces, a pegava no colo e, no dia em que a garota desapareceu, ele disse ao depoente que iria pescar, mas para as outras pessoas ele disse que estava trabalhando com o tio”, relatou a defensoria.

Thiago Almeida Morato Mendonça também informou que, após o desaparecimento, Jonas Ribeiro dos Santos viajou até a cidade de Minaçu, em Goiás, e cometeu um crime semelhante lá. Além do crime cometido na cidade goiana, o defensor revelou que Jonas é o principal suspeito de ter estuprado e assassinado sua própria irmã, Joseane Ribeiro Fernandes, morta estrangulada aos 32 anos. O crime ocorreu em 2014 no município de Ananindeua, no Pará.

A Defensoria Pública de Mato Grosso busca a exclusão do julgamento de Antônio Ramos Escobar pelo júri popular, alegando a existência de um novo suspeito no caso do desaparecimento e morte de Sara Vitória.

Segundo a defesa, há indícios mais consistentes de que Jonas Ribeiro dos Santos seria o responsável pelo crime. O tio de Jonas relatou que seu sobrinho era introvertido, exceto em relação a Sara Vitória, e que ele teria mencionado ir pescar no dia do desaparecimento da menina. Além disso, Jonas é suspeito de ter cometido crimes semelhantes em outras localidades, incluindo o estupro e assassinato de sua própria irmã.

O caso ainda aguarda julgamento pelo Tribunal do Júri, e o corpo de Sara Vitória nunca foi encontrado, mantendo-se como um mistério que desafia as autoridades de segurança de Mato Grosso há mais de 13 anos.

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