A Polícia Judiciária Civil instaurou um procedimento para apurar uma grave denúncia de maus-tratos praticados contra uma bebê de apenas 11 meses e 15 dias de idade em Nova Ubiratã.
A denúncia foi feita pela avó da criança, que apontou o próprio genro e padrasto da bebê como os autores das agressões que resultaram em ferimentos graves no rosto e membros inferiores da vítima.
De acordo com o relato da avó, ela notou os ferimentos durante uma visita ao casal que, na época dos fatos, vivia e trabalhava em uma propriedade rural nas proximidades do Distrito Caravágio.
Ao questionar a mãe da criança, uma adolescente de apenas 16 anos, esta afirmou que a menina havia sido atingida por um coco. No entanto, diante da gravidade das lesões, a avó recomendou que a neta fosse levada para atendimento médico, mas tanto a mãe quanto o padrasto recusaram o pedido.
Em um desdobramento perturbador, o padrasto concordou com a retirada da criança da fazenda, mas sob uma condição inaceitável. Ele exigiu que a sogra comprasse um aparelho celular para o casal em troca do cuidado com a bebê.
A bebê, finalmente, recebeu atendimento em uma unidade de saúde em Nova Ubiratã e, posteriormente, foi transferida para a Perícia Oficial e Identificação Técnica de Sorriso (Politec). O exame de corpo de delito realizado na criança confirmou as agressões sofridas.
Contudo, ao retornar à fazenda, a avó foi surpreendida com a notícia de que a filha e o genro haviam deixado o local e desaparecido, tornando-se foragidos.