Na manhã desta quinta-feira (17.08), o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), uma força-tarefa composta pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo, lançou a Operação “Falsus Speculator”. A ação tem como objetivo cumprir mais de 50 ordens judiciais emitidas pelo Juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca de Cáceres, visando desarticular uma organização criminosa envolvida em atividades como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, roubos, furtos, posse e porte ilegal de arma de fogo na região de fronteira de Mato Grosso. As investigações foram conduzidas pela Unidade Regional do Gaeco de Cáceres.
Os mandados estão sendo executados em quatro cidades do estado e têm como alvo membros dessa organização criminosa. Dentre os indivíduos visados, encontram-se dois líderes do grupo, que desempenhavam um papel crucial no controle das atividades criminosas nas cidades de Reserva do Cabaçal, Araputanga, São José dos Quatro Marcos e Mirassol D’Oeste, com ênfase nas operações de lavagem de dinheiro.
Uma descoberta relevante no decorrer das investigações foi a constatação de que, no período compreendido entre 2018 e 2022, o grupo criminoso movimentou mais de R$ 25.000.000,00 (vinte e cinco milhões de reais) através das atividades ilícitas empreendidas.
No total, estão sendo executados 12 mandados de prisão preventiva, 12 mandados de busca e apreensão, 21 bloqueios de bens e valores, bem como 06 sequestros de veículos. As ações estão sendo realizadas nas cidades de Cuiabá, Mirassol D’Oeste, São José dos Quatro Marcos e Reserva do Cabaçal.
A operação conta com o apoio de diversas instituições de segurança e justiça, como equipes do Gaeco do Estado, a Delegacia Especial de Fronteira-DEFRON, a Delegacia Regional de Cáceres, a Delegacia de Mirassol D’Oeste, o 6º Comando Regional da Polícia Militar, a 23ª Cia de Força Tática, o 17ª Batalhão da Polícia Militar de Mirassol D’Oeste, o Batalhão da ROTAM em Cuiabá, o CIOPAER e o Canil Integrado de Fronteira.
O nome da operação, “Falsus Speculator”, provém do Latim e se traduz como “Falso Vigia”. Esse nome foi escolhido devido ao cargo de vigilante ocupado pelo líder do grupo criminoso, que também era servidor público municipal. A discrepância entre o salário oficial desse indivíduo e os valores movimentados em suas contas bancárias foi um dos fatores que chamou a atenção das autoridades durante a investigação.