Na última semana, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou uma apreensão significativa de aves em Sorriso, chamando a atenção para a necessidade de proteção das espécies e preocupações relacionadas à influenza aviária. Mais de 300 aves foram interceptadas, incluindo três espécies, duas das quais não são nativas do Brasil.
As aves apreendidas, que estão sob a tutela da veterinária Lilian Medeiros, do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), foram descobertas em uma operação de combate ao tráfico de animais. Entre elas, destacam-se 220 canários, que estavam em condições precárias de transporte, acomodados em quatro bolsas e oito gaiolas, cada uma abrigando até 40 aves.
A preocupação das autoridades está relacionada à destinação adequada desses animais, especialmente devido ao contexto de emergência sanitária em relação à gripe aviária. Em decorrência desse cenário, existe a possibilidade de que as aves não possam ser repatriadas para a natureza e enfrentem um processo de eutanásia, devido à ameaça de disseminação da doença e ao risco de hibridização das espécies, que poderia comprometer sua origem.
Segundo Lilian Medeiros, as aves não foram criadas em cativeiro, mas apreendidas na natureza. A repatriação é um processo delicado, especialmente quando as espécies não são nativas do Brasil. Devido à situação de emergência sanitária, os trâmites para a destinação dessas aves ainda estão em andamento.
Medeiros também destacou que, embora as aves não apresentem sinais de doenças, é necessário estabelecer a comprovação de sua origem, o que determinará seu destino final. Entre as aves apreendidas, foram identificadas uma brasileira, uma colombiana e uma venezuelana.
A questão das aves apreendidas em Sorriso reforça a importância da conscientização sobre o tráfico de animais e da preservação das espécies em um momento crítico para a saúde das aves e da fauna em geral. As autoridades continuam trabalhando para garantir a segurança e o bem-estar desses animais, ao mesmo tempo em que buscam soluções que respeitem os protocolos sanitários e as leis de proteção ambiental.