Homem que se intitula guia espiritual é preso novamente por abusos sexuais durante rituais

A Polícia Civil anunciou ontem (28), que um homem que se autodenomina guia espiritual e estava sob investigação por abusar sexualmente de várias mulheres durante supostos rituais de energização teve um novo mandado de prisão cumprido. A ação foi realizada pela equipe da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá, com o apoio da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes.

O indivíduo, de 49 anos, já havia sido detido no último dia 5, sob acusações de abuso sexual envolvendo sete mulheres. O novo mandado de prisão preventiva foi emitido pela Justiça com base na continuação das investigações conduzidas pela Delegacia da Mulher.

Segundo as apurações, o suspeito utilizava a rede social Tik Tok para atrair suas vítimas, oferecendo-lhes “amparo espiritual” em sua suposta “tenda religiosa”. No momento em que ficava a sós com as vítimas, ele se aproveitava para cometer os abusos sexuais, alegando que era o espírito encarnado que realizava tais atos.

Após a primeira prisão, outras seis mulheres se apresentaram à delegacia para denunciar os abusos perpetrados pelo suspeito. Durante seus depoimentos, essas mulheres também mencionaram a existência de outras vítimas que, até então, não haviam denunciado os abusos. Diante das novas denúncias, o delegado Cley Celestino solicitou mandados de prisão e busca e apreensão contra o suspeito, que foram deferidos pela Justiça.

As ações de cumprimento dos mandados foram realizadas no bairro Coophema, em Cuiabá, após intensas investigações das equipes policiais. O celular do investigado foi apreendido e será submetido a perícia para coletar novos elementos de investigação.

A delegada Judá Marcondes enfatizou a importância da prisão do suspeito como um passo fundamental para demonstrar que todos os casos de violência sexual são rigorosamente investigados e que aqueles que empregam artifícios para enganar as vítimas e cometer abusos sexuais não ficarão impunes.

“É fundamental combater a objetificação do corpo da mulher e a cultura do estupro, pois a mulher não é um objeto para a satisfação exclusiva do homem. Somos seres humanos cujas vontades e decisões devem ser validadas e respeitadas. O estupro é um ato que mata a mulher em vida”, declarou a delegada por meio de sua assessoria.

Veja também

Ação de Forças de Segurança prende mulher em MS por morte em Sorriso

Polícia Civil de Sorriso apreende menor de idade por participação na execução de Giovanni

Deputada Amália Barros morre aos 39 anos em São Paulo

Casa do mel é inaugurada em Sorriso com inúmeras variedades de chás e temperos

Pai e filho são presos pela Polícia Civil por estupro de vulnerável e ameaça

Polícia Civil apreende quase 370 tabletes de droga