Mato Grosso registra envelhecimento da população, segundo censo 2022 do IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje os resultados do Censo 2022, que revelam um envelhecimento da população mato-grossense. De acordo com os dados, a média de idade dos habitantes de Mato Grosso é agora de 32 anos, em comparação com a média de 27 anos registrada no Censo de 2010. Apesar desse envelhecimento, a faixa etária dos mato-grossenses ainda está abaixo da média nacional.

A análise regional indica que o Centro-Oeste segue o padrão do restante do país, com a maioria da população concentrada na faixa etária de 40 a 44 anos, e a menor na faixa entre 85 e 100 anos. Roraima é o estado com a população mais jovem, com uma idade média de 26 anos, enquanto o Rio Grande do Sul detém a maior média de idade, com 38 anos.

Mato Grosso ocupa a oitava posição no ranking de idade mediana entre os estados brasileiros. A diminuição das taxas de fecundidade ao longo das últimas décadas é um dos principais fatores que explicam esse envelhecimento. Embora o IBGE ainda não tenha divulgado a taxa de fecundidade atual, dados de censos anteriores demonstram uma constante redução, passando de 6,16 em 1940 para 2,39 em 2000 e 1,9 em 2010.

Além disso, o período entre 2010 e 2022 registrou duas quedas na taxa de nascimentos no Brasil: a primeira devido à onda de infecções pelo vírus Zika em 2016, e a segunda devido à pandemia do coronavírus. Esses fatores, somados à queda na fecundidade, contribuíram para o aumento da idade média da população e para o aumento dos índices de envelhecimento.

Em 2010, a faixa etária de 0 a 14 anos representava 25,7% da população de Mato Grosso, enquanto hoje esse número caiu para 22,7%. Por outro lado, a população com mais de 65 anos aumentou de 5,1% em 2010 para 7,7% no ano passado. A maior parte da população mato-grossense se concentra entre 20 e 100 anos, totalizando cerca de 69,6%. Na capital, Cuiabá, a idade médiana é de 34 anos.

O Censo é uma pesquisa realizada a cada 10 anos pelo IBGE, permitindo traçar um perfil socioeconômico do país. A atual edição do Censo deveria ter ocorrido em 2020, mas foi adiada devido à pandemia de Covid-19 e, em 2021, foi novamente adiada devido à falta de recursos do governo.

A importância do Censo se deve ao fato de que ele fornece informações essenciais para o desenvolvimento e implementação de políticas públicas e para a realização de investimentos públicos e privados. Isso inclui a calibragem da democracia representativa, determinação dos públicos-alvo de políticas públicas, campanhas de vacinação, políticas de superação e recuperação pós-pandemia, distribuição de transferências da União para estados e municípios, recursos para programas sociais, e identificação de áreas de investimento prioritário em saúde, educação, habitação, transportes, energia e programas de assistência.

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