O delegado de Polícia Civil de Sorriso, Eugênio Rudy, informou em entrevista coletivana manhã desta 5a-feira (09-11), que a 3ª fase da operação Recovery, iniciada no dia de hoje, resultou no sequestro de R$ 2,2 milhões em bens pertencentes a 10 integrantes de um grupo criminoso investigado por tráfico de drogas e homicídios qualificados ocorridos no município. A ação foi marcada por um grande número de mandados de prisão, busca e apreensão, além de internações de adolescentes.
De acordo com o delegado Rudy, o grupo criminoso investigado movimentou a impressionante quantia de R$ 2,2 milhões em Sorriso ao longo de aproximadamente três meses. Essa cifra demonstra a dimensão das atividades do grupo, que operava mensalmente na cidade, sendo a principal causa da disputa pelo espaço territorial local.
Rudy enfatizou que a Polícia Civil não tolerará tais condutas em Sorriso e destacou os resultados imediatos obtidos com operações anteriores, como a Recovery 1, que levou a uma redução significativa nos homicídios por um período de 40 dias.
Além disso, a operação Recovery 3 abrangeu sete municípios de Mato Grosso e se estendeu até o Rio de Janeiro, revelando os laços diretos do grupo com o Estado carioca, onde muitos de seus membros se escondiam e ocultavam lideranças, algumas das quais já estavam detidas, inclusive em Cuiabá.
O delegado salientou que as investigações continuarão, visando ao cumprimento de mandados pendentes. Ele enfatizou que, uma vez que as ordens estejam em vigor, várias unidades da polícia civil podem executá-las, forçando os suspeitos a se afastarem do município em tentativas de fuga.
A investigação também detectou a comunicação entre líderes da organização criminosa, como informou o delegado Bruno França. Segundo ele, o alto escalão do crime organizado permaneceu inalterado em um curto período de tempo, pois essas pessoas mantêm comunicação em tempo real com criminosos externos. Ele acredita que a operação pode esterilizar esses líderes do ponto de vista processual.
Carlos Eduardo Muniz, delegado regional de Polícia Civil, elogiou o esforço conjunto de cerca de 500 policiais envolvidos na operação. Ele reconheceu que o custo e a complexidade da ação eram significativos, mas justificáveis para proteger a comunidade de Sorriso.
Rodrigo Bastos da Silva, delegado-geral Adjunto da Polícia Civil de Mato Grosso, reforçou a importância da operação no combate às organizações criminosas na região e expressou otimismo quanto à redução dos índices de criminalidade em Sorriso e seus arredores.
Além de Sorriso, os mandados foram cumpridos em Ipiranga do Norte, Itanhangá, Lucas do Rio Verde, Rondonópolis, Cuiabá, Várzea Grande e nas cidades do Rio de Janeiro e Cabo Frio (RJ). A operação Recovery 3 representa uma ação significativa na luta contra o crime organizado e na promoção da segurança na região.