Pedro Spoladore, Chefe da Agência do IBGE de Sorriso e Coordenador do Censo 2022 na cidade falou em entrevista à Voz do Povo nesta segunda-feira dia em que 5.570 municípios brasileiros deram o start na coleta de dados mobilizando 200 mil recenseadores.
“Hoje, 1º de agosto data que estamos esperando há bastante tempo, nos preparando há pelo menos dois anos, chegou. Estamos com recenseadores em campo em todos os municípios do Brasil e também em Sorriso atuando na coleta dos dados das famílias para responder quem somos, quantos somos e como vivemos”, disse ele, ressaltando a importância do momento.
Em Sorriso 18 recenseadores iniciaram o trabalho hoje, mas ainda há vagas para outros 49 na equipe. “É um processo seletivo simplificado, até 03 de agosto inscrições no posto do IBGE na Praça da Juventude, na biblioteca. A classificação será automática pelo nível escolar”, explica o coordenador.
Para participar basta ter 18 anos e a partir do nível fundamental de ensino.
Os recenseadores estão trajados com coletes, que tem identificação e um QR Code que pode ser conferido pelo celular. “Pode ser pesquisado pelo QR Code no sistema do IBGE para todos estarem tranquilos”.
Segundo Pedro, a principal tarefa no momento é completar a equipe: “Temos somente 18 recenseadores em campo. É muito pouca gente para dar conta. O município cresceu demais. O censo termina dia 31 de outubro e por isso temos somente três meses para visitar todos os domicílios no meio rural e urbano”, disse.
Ele explicou que recenseadores são remunerados por produção. Entre 200 a 300 domicílios visitados no mês, rendem de R$ 2.500 a 3 mil reais. A tarefa pode ser cumprida dentro da recomendação de trabalhar 25 horas por semana, conforme consta no edital.
De acordo com o coordenador, os recenseadores são orientados a retornar nas residências onde não forem atendidos na primeira visita, quatro vezes em dias e horários diferentes. Também poderão orientar os cidadãos a responderem o questionário pela internet mediante o repasse de senha e o link.
A expectativa é de que já na primeira quinzena de novembro, o IBGE divulgue os números iniciais do censo respondendo à pergunta “quantos somos? ”.
Pedro lembrou que o planejamento de políticas públicas e decisões de investimentos públicos e privados são muitas vezes baseados nos números do censo. “São dados importantíssimos para o planejamento. E esse censo vem no contexto pós pandemia mostrando a nossa realidade hoje. Todos os dados serão georreferenciados com captura de dados via GPS” explica Pedro.
Sigilo estatístico
Os recenseadores são proibidos de repassar informações. Nada de informação pessoal fica registrado, qualquer informação vira estatística e não ficam registados dados pessoais. “Temos inclusive opção do próprio cidadão registrar no sistema dados como o salário, por exemplo. É muito seguro. Nunca se conseguiu quebrar as informações do IBGE. Podem receber os recenseadores. Que estarão com boné, dispositivo de coleta azul coletes com QR Code. É um dever cívico responder o Censo”, lembra Pedro.
