Taynná Vacaro, coordenadora da Vigilância em Saúde em Sorriso esteve na manhã desta quinta-feira (04-08) na bancada do programa A Voz do Povo. Na oportunidade ela falou sobre o caso suspeito de varíola dos macacos atendido em Sorriso e sobre o surto da doença no país.
“Foi confirmada na semana passada como uma emergência em saúde, pela incidência no mundo. Era considerada endêmica no continente africano e agora está no mundo todo. Na África era transmitida dos macacos para os humanos. Nos outros países, tem sido transmitida de pessoas para pessoas”, explicou.
De acordo com Taynná, a OMS decretou que seja chamada de Monkeypox. O vírus foi isolado nos anos 50 em laboratório. Hoje, os macacos não transmitem a doença. “A OMS já divulgou que foi detectada a doença em 86 países, inclusive no Brasil que tem hoje mais de 1.700 casos confirmados”, disse.
Ela explica que a doença tem alta transmissibilidade, mas menos que a Covid 19. “Também é transmitida por vias aéreas, pelas secreções corpóreas e também por secreções”.
O período de incubação da doença vai de 5 a 21 dias. “De 3 a 5 dias pode apresentar febre e depois aparecem as lesões. Geralmente são menos lesões do que se tem visto em fotos que estão sendo divulgadas. Os primeiros casos que estão sendo estudados no Brasil vêm mostrando quantidade bem menor de lesões. As lesões iniciam no rosto, depois tronco e membros superiores, seguindo depois para órgãos genitais”, explicou Taynná.
Um ambulatório médico particular atendeu ontem uma pessoa que viajou para uma região onde já há casos. Foi colhido material para confirmação ou não. A pessoa apresentou lesões na face e membros e todo o atendimento está sendo feito mediante protocolo estipulado pelo Ministério da Saúde, estando em isolamento doméstico. “O isolamento pode durar 21 dias ou até o desaparecimento dos sintomas”, disse a coordenadora.
O atendimento em Sorriso seguirá nas unidades de saúde, sem centralização.
