Ações do Governo garantem redução histórica e o menor número de focos de calor em 27 anos

Investimentos de R$ 125 milhões, somado à estratégia de atuação preventiva e de combate do Corpo de Bombeiros, propiciaram queda histórica

Os investimentos do Governo de Mato Grosso, somados à estratégia de atuação preventiva e de combate do Corpo de Bombeiros Militar, levaram o Estado a uma redução de 77,6% no número de focos de calor durante o período proibitivo de uso do fogo, em relação à média histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/BD Queimadas), observada desde 1998. Isso representa o melhor desempenho de Mato Grosso em quase três décadas de monitoramento.

Conforme os dados do Inpe, em 2025 foram contabilizados 7.202 focos, ante a média de 31.428 focos de calor no período apurada na série histórica. Em comparação com 2024, quando foram registrados 41.138 focos de calor no período proibitivo, a redução foi de 82%.

O balanço do combate aos incêndios florestais de 2025 foi apresentado nesta segunda-feira (1º.12), no Palácio Paiaguás, em Cuiabá.

Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

O governador Mauro Mendes afirmou que os resultados alcançados são bastante satisfatórios e estão alinhados ao planejamento definido no início do ano. Segundo ele, os investimentos, no montante de R$ 125 milhões para o combate aos incêndios florestais e ao desmatamento no Estado, foram essenciais para que os índices apresentados agora fossem possíveis.

“Houve uma grande redução nos incêndios florestais neste ano, e pudemos perceber que grande parte dos incêndios ocorreu em terras indígenas e áreas federais que, apesar de representarem 21% do nosso território, responderam por 51% desses incêndios. Ainda assim, com todos os investimentos realizados pelo governo, conseguimos a maior redução da série histórica. Isso demonstra que um bom planejamento e a correta alocação de recursos são fundamentais para que possamos alcançar esses resultados”, avaliou.

Além disso, os dados posicionam Mato Grosso na 16ª colocação no ranking de focos de calor entre os estados brasileiros, à frente de unidades federativas com menor extensão territorial.

Foto: Assessoria CBM

Ações implementadas em 2025

O comandante do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Flávio Glêdson, detalhou como foram realizadas as ações ao longo do período proibitivo, especialmente de resposta e responsabilização, que possibilitaram a queda dos focos de calor registrada.

Segundo ele, as equipes realizaram 9.049 atendimentos, com tempo médio de primeira resposta inferior a uma hora por acionamento. Nas operações terrestres, foram percorridos cerca de 1,8 milhão de quilômetros. Já as equipes aéreas, utilizando aeronaves de asa rotativa e modelos Air Tractor, acumularam aproximadamente 855 horas de voo e lançaram cerca de 5,4 milhões de litros de água.

No Pantanal, que é historicamente o mais atingido no período de seca, aproximadamente 72% dos incêndios não ultrapassaram cinco hectares. Em Poconé, que também faz parte do mesmo bioma, a queda no registro de incêndios foi ainda maior, resultado do monitoramento contínuo e respostas rápidas, segundo o coronel Glêdson.

“95% dos incêndios em Poconé não ultrapassaram cinco hectares. Assim que identificávamos o foco, as equipes eram rapidamente lançadas com o helicóptero e aviões de combate para iniciar as operações aéreas, junto com as equipes em solo. Essas eram as ações que permitiam que o incêndio fosse extinto nas primeiras 48 horas, evitando que se tornasse um evento incontrolável”, destacou.

Foto: Assessoria CBM

O comandante-geral também citou a eficiência das parcerias com os produtores rurais e o setor produtivo, por meio do Sistema Integrado de Cadastro de Recursos para Apoio aos Incêndios Florestais (SICRAIF), que têm permitido a mobilização rápida e eficaz da estrutura de combate. O sistema conta atualmente com 11.490 recursos cadastrados em todo o Estado, entre propriedades, aeronaves, brigadistas, maquinários e equipamentos diversos.

Já no que se refere às ações de fiscalização ambiental, a corporação conduziu a Operação Infravermelho e, em parceria com as forças de segurança pública, a Operação Abafa, fiscalizando cerca de mil hectares de áreas. Em consequência, foram efetuadas 13 prisões por crimes ambientais e aplicadas multas que somam R$ 360 milhões.

“Este foi o ano em que mais aplicamos multas relacionadas ao uso irregular do fogo, desempenhando um papel ostensivo no interior do Estado, principalmente para evitar que esse uso irregular aconteça e para que as pessoas que ainda insistem sejam responsabilizadas. Historicamente, Mato Grosso aparece como campeão de queimadas. Neste ano, temos resultados expressivos. Um recorde de redução representando a maior diminuição em 27 anos”, destacou o coronel.

Parcerias

O secretário de Segurança Pública, coronel PM César Augusto de Camargo Roveri, afirmou a importância da união entre as forças de segurança e várias outras secretarias de governo para o resultado positivo.

“Não há lugar no Estado de Mato Grosso onde a estratégia do Corpo de Bombeiros, da Segurança Pública e da Secretaria de Meio Ambiente não chegue e não realize o combate, com equipamentos, investimentos e inovação, como vimos aqui. Parabéns ao comandante dos bombeiros pelo que vem desenvolvendo, inovando e fazendo mais com menos, exatamente o que o governador nos determinou desde o início da gestão”, apontou o secretário.

Foto: Assessoria CBM

Representando a Assembleia Legislativa, o presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado estadual Carlos Avallone, destacou a relevância do trabalho integrado entre os poderes e os órgãos privados, por meio da Sala de Situação, implementada anualmente para monitorar os incêndios florestais, o que permitiu fortalecer a integração e aprimorar as ações realizadas.

“Isso é resultado de ação, de preparação, de um governo que realmente atuou. Em nome dos deputados, quero dizer que estamos muito felizes com os resultados alcançados este ano. Dá para melhorar? Com certeza, sempre dá. Mas esses resultados são fundamentais para mostrar que, quando tomamos decisões conjuntas para combater e agir, alcançamos resultados”, disse o parlamentar.

O procurador-geral de Justiça, Rodrigo Fonseca, afirmou que resultados efetivos só são possíveis por meio do alinhamento do poder público e da iniciativa privada em prol da sociedade.

“Eu estava presente aqui no lançamento do programa e fico muito feliz de, hoje, estar aqui vendo que nós tomamos um bom rumo. Conseguimos reduzir de forma muito significativa. Quando se fala em 70% ou 80%, você tem um resultado digno de elogios, qualquer que seja a ótica. Então, fica aqui o meu elogio ao governo do Estado, que mostrou que tem ações rápidas para que as coisas realmente apresentem um resultado efetivo à população”, afirmou.

Participaram ainda da apresentação dos resultados a senadora Margareth Buzetti, os deputados estaduais Dr. Eugênio e Nininho, a secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazaretti; a secretária de Comunicação, Laice Souza; além de representantes da Famato, Aprosoja, Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAer) e Defesa Civil do Estado.

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