Amigas relembram sonho de Isabele em fazer intercâmbio no Canadá e estudar Medicina

Mãe, tias e amigas da estudante Isabele Guimarães Ramos relembram o sonho e as qualidades que a menina tinha antes de ter a vida ceifada pela melhor amiga B.D.O.C. com um tiro no rosto, durante uma tarde de domingo em 2020, no condomínio de luxo Alphaville, onde ambas moravam.

Em uma carreta realizada na última terça-feira (12), as pessoas que tanto amavam Bele, como carinhosamente era conhecida, expressaram toda a dor e tristeza que após dois anos ainda não foi e não será amenizada.

As melhores amigas da escola Maria Esmeralda e Linda Mariana, ambas com 17 anos e estudantes do 2° ano do ensino médio, relembram como Isabele era uma amiga bondosa e querida por todos, além dos grandes planos que ela tinha para o futuro.

Vithoria Sampaio

Manifestação 2 anos do caso Isabele

 Maria Esmeralda e Linda Mariana

 

“A Bele era muito tranquila, não era de briga, engraçada e sempre de bom humor, uma menina bondosa. O sonho dela era fazer um intercâmbio no Canadá e depois estudar Medicina e seguir os passos do pai”, contaram.

As adolescentes ainda relembraram que por muitas vezes Isabele se sentia dividida entre as amizades, por conta da melhor amiga B.D.O.C e a irmã gêmea dela serem bem possessivas e ciumentas em relação a amizades.

“Elas morriam de ciúmes da Bele com outras amigas, no entanto que elas não gostavam que nós fossemos amigas dela, a gente não se misturava, lembro de ter visto a B.D.C, só uma vez”, disseram.

A mãe de Bele, Patrícia Ramos, disse que para ela é como se os dias ainda não tivessem passado, a dor ainda se faz presente e ter que reviver a impunidade da assassina da filha dói ainda mais.

Vithória Sampaio

Manifestação 2 anos do caso Isabele

 Patrícia Ramos, mãe de Isabele

“Esse dia por si só já traz o peso da morte da minha filha é um dia que eu carrego com muita tristeza no meu coração, eu tenho tantas perguntas, mas nada trará minha filha de volta e saber que a assassina dela poderá desfrutar de uma vida como se nada tivesse acontecido, dói ainda mais”, pontuou.

Giane Soares, tia paterna de Isabele, muito emocionada lamentou que a família não possa viver todos os sonhos que tinham para uma vida da sobrinha, que foi interrompida precocemente.

“Meu filho chora com saudade da prima, todo dia é um dia de dor para nós. Dói ver meninas da idade dela vivendo, estudando, viajando e ela não poder estar aqui para viver tudo isso também. Ela saiu para fazer uma torta de limão e voltou no carro do IML, nós so queremos Justiça”, pontuou.

Protesto 

Na terça-feira (12), data que foi dois anos da morte da estudante, a família fez uma manifestação, que começou na frente do colégio Maxi e foi até ao Tribunal de Justiça, marcada por muita emoção e clamor em pedido de Justiça.

O caso
Isabele Guimarães Ramos, 14, foi morta com um tiro no rosto, em 12 de julho de 2020, quando estava na casa da melhor amiga, a adolescente B.D.O.C.

A amiga alegou que o disparo que matou Isabele foi acidental, no entanto, o inquérito da Polícia Civil concluiu que o homicídio foi doloso, ou seja, com intenção de matar.

O tiro que matou a menina foi disparado em linha reta, a curta distância. O cenário descartou possibilidade de acidente, como a ré alegou.

A investigação durou 50 dias e autuou 4 pessoas, além da adolescente, que chegou a ser denunciada pelo Ministério Público Estadual (MPE), foi internada e passou menos de 16 horas no Pomeri, mas que atualmente responde em liberdade.

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