As provas foram aplicadas no último dia 28 de maio, mas diante das investigações de envolvimento da empresa com venda de cargos na prefeitura de Mirassol D’Oeste onde havia feito também o concurso, o Ministério Público recomendou o cancelamento.
Conforme o secretário de Administração Estevam Calvo, nesta segunda-feira (10), foi recebida uma Notificação Recomendatória do MP determinando rescisão do contrato com a empresa que realizou o concurso público em Sorriso. “Vamos acatar essa recomendação e a partir de hoje dar início ao processo de rescisão do contrato e cancelamento do concurso”, disse.
Os próximos passos, segundo ele, incluem a contratação de uma nova empresa e refazer o concurso. “Quem não quiser vir fazer a prova pode solicitar o valor da inscrição”, disse Estevam.
Indagado sobre as despesas com deslocamento e hospedagem dos candidatos de outras cidades ele afirmou: “No edital de concurso é previsto que estes deslocamentos são por conta e risco dos concursandos. Não temos obrigação nenhuma de rescindir qualquer valor em relação a este translado”.
Critérios de contratação
Segundo o Secretário, os critérios para contratação da empresa foram os mais rigorosos possíveis. “No caso específico deste concurso teve várias empresas que vieram participar e todas preencheram estes requisitos legais. Somente com estes fatos que vieram à tona com a investigação da PJC temos este direito de rescindir o contrato”.
Novo concurso
De acordo com Estevam, o município vai agora tentar contratar instituição pública para fazer o concurso. “Temos a FGV e a Fuvest. Vamos tentar contratar uma empresa que faça concursos em nível nacional. E quando publicado o concurso público serão oportunizadas novamente as inscrições. Mais rápida a contratação se encontrarmos órgãos púbicos porque dispensa licitação. Se não encontrar tem todo o trâmite e prazos para contratação”.
Indagado sobre irregularidades no certame em Sorriso ele apenas afirmou: “O que chegou para nós são divergências em relação ao lacre das provas, mas com relação a compra de cargos, não chegou nada”.