Aumento alarmante de casos de Dengue em Mato Grosso preocupa autoridades de Saúde Pública

Os números de casos de dengue em investigação em Mato Grosso aumentaram de forma significativa em apenas 11 dias, revelam dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Até o dia 2 de fevereiro, o estado registrava 1.810 casos em investigação, mas esse número mais que dobrou, alcançando 4.012 casos nesta quarta-feira (14).

A situação tornou-se tão crítica que, em Tangará da Serra, localizada a 242 km de Cuiabá, a prefeitura decretou estado de emergência em 7 de fevereiro. A cidade enfrenta uma epidemia de dengue e chikungunya, com 766 notificações de dengue e 555 notificações de chikungunya registradas apenas este ano, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.

Lamentavelmente, uma fatalidade já foi confirmada, pois uma pessoa teve a morte causada por dengue no estado, e outras três mortes estão sob investigação.

A crise no fornecimento de vacinas complica ainda mais a situação. O Ministério da Saúde anunciou que não há doses suficientes para todos os estados, e, por isso, foram estabelecidos critérios de priorização para a distribuição. A entrega será feita por ordem de prioridade, considerando a gravidade e a quantidade de casos. Infelizmente, não há previsão de entrega de doses em Mato Grosso até o momento.

Os critérios de prioridade incluem a vacinação de pessoas de 10 a 14 anos, devido ao maior número de internações nesse grupo. Municípios de grande porte, com mais de 100 mil habitantes, e classificados com alta transmissão de dengue do tipo 2 também estão entre as prioridades. Além disso, cidades próximas a essas áreas, consideradas “regiões de saúde” pelo governo, foram incluídas na distribuição.

A Secretaria de Saúde do estado informou que a maioria dos casos registrados em Mato Grosso é do tipo 1. A população é alertada para manter medidas preventivas, eliminando possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, e buscando atendimento médico em caso de sintomas da doença. A colaboração da comunidade e ações efetivas são cruciais para conter a propagação da epidemia.

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