Avó é suspeita de abusar criança com Down; menina morreu no hospital

Menina de 5 anos morreu em uma unidade de saúde de Barra do Garças (508 km ao Leste de Cuiabá), na manhã de quarta-feira (11), após sofrer duas paradas cardíacas. A equipe médica constatou que havia sinais de estupro na menor, que tinha síndrome de down. A avó dela foi detida pelo crime de abandono de incapaz com resultado de morte.

Conforme apurado, a menina deu entrada na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) na tarde de terça-feira (10). Segundo a avó, há alguns dias, a menina apresentou febre e vômitos, mas que só nesta terça ela decidiu levá-la ao médico.

A equipe que a atendeu disse que ela estava com alguns hematomas pelo corpo e que, durante exames mais minuciosos, foi possível identificar lacerações na vagina e no ânus da menina.

Enquanto recebia atendimento, a menor teve duas paradas cardíacas, foi reanimada e levada para o Pronto-Socorro. Devido à gravidade dos fatos, ela precisou ser entubada e a equipe decidiu que ela seria transferida para Cuiabá. Porém, a criança morreu logo em seguida.

 

Avó se contradiz

A avó contou que há alguns dias, a menina ficou sob os cuidados de uma amiga da família para ela ir viajar. Mas, disse que é a responsável por ela e que dá banho todos os dias, mas não percebeu nada de diferente.

Porém, a versão contradiz o relato médico, que afirma que as lesões podem ser vistas a olho nu, por qualquer pessoa, por mais leiga que fossem. Ela não quis colaborar com a polícia a fim de esclarecer os fatos, já que ela mesma avisou que ficava “24 horas” com a menina.

 

Sem reação

Ao ser informada da morte da neta, a avó não esboçou nenhuma reação afetiva e se manteve alheia, disse os policiais. Ela se preocupou apenas com o fato de encontrar um advogado para acompanhá-la.

Conselho Tutelar foi acionado e informou que já existia histórico de maus tratos e abandono por parte da mãe da menina. O irmão dela também seria vítima da situação e se recusa a ficar com a mãe.

Os pais das crianças são diferentes e já morreram. A mãe da menina, mesmo sabendo da morte dela, não procurou as autoridades, nem mesmo a avó, para ser inteirada dos fatos.

Já a avó, ao ser informada sobre os trâmites para a liberação do corpo, afirmou à polícia que “depois vê isso”. Ela foi encaminhada para a delegacia da cidade e autuada.

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