“Colegas brincaram que minha cabeça custou R$ 30 milhões”, diz delegado sobre saída da GCCO

O delegado Flávio Stringueta, ex-titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, disse que ouviu de colegas, em tom de brincadeira, que sua “cabeça custou R$ 30 milhões” ao Ministério Público. No início deste mês o delegado escreveu um artigo chamando o MP de “instituição imoral”, após aprovação da compra de R$ 2 milhões em aparelhos celulares para seus membros. A relação entre os R$ 30 milhões e Stringueta é que logo após a exoneração do delegado da GCCO, a PJC recebeu o valor por meio de uma parceria com o Ministério Público.

Em um artigo de opinião publicado em vários veículos de mídia local,  o delegado chamou o MP de imoral. Ele citou o caso envolvendo a compra de R$ 2 milhões em aparelhos celulares para membros do MP (R$ 1,6 milhão foi apenas para compra de iPhones).

Na época a Diretoria Geral da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso esclareceu que não compactua com as declarações emitidas por Stringueta. O artigo teve uma repercussão inesperada, inclusive com a exoneração do cargo de titular da GCCO.

Dias após a exoneração de Stringueta, a Polícia Civil de Mato Grosso, através da parceria com o MP e Poder Judiciário, recebeu em conta própria o recurso de R$ 30 milhões, que serão destinados para as obras da nova sede da PJC. O dinheiro é proveniente de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) resultante de investigações realizadas pela PJC no combate à corrupção.

Por causa disso, Stringueta disse que ouviu de colegas que com sua saída da GCCO a PJC teria lucrado R$ 30 milhões. Segundo o delegado, tudo que ouviu “foi uma brincadeira que alguns colegas fizeram”.

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