Combustível adulterado: Esquema que movimentou R$ 4,8 bi é alvo de operação nesta segunda-feira

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), a Receita Federal e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) realizam hoje a segunda fase da Operação Arinna, cujo alvo é um esquema de adulteração de combustível que movimentou R$ 4,8 bilhões. Com o esquema, a organização criminosa investigada teria conseguido sonegar R$ 270 milhões em tributos federais.

Estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em cidades dos estados de São Paulo e do Mato Grosso.

A nova operação foi deflagrada depois que novas investigações apontaram que as empresas Sun Energy Indústria e Comércio, Importador e Exportador de Lubrificantes e Aditivos Eireli e a Confidence Trading Comércio, Importação e Exportação de Produtos Químicos Eireli, alvos da primeira fase da operação, comercializaram, aproximadamente, R$ 82 milhões de Nafta. Essa substância é conhecida por ter a composição química muito semelhante à da gasolina e um custo menor. As duas companhias obtinham autorização da ANP (Agência Nacional do Petróleo) para aquisição de Nafta sob a justificativa de que o produto seria utilizado como insumo pela indústria petroquímica.

O principal financiador do “esquema”, que também figura como um dos grandes devedores da Fazenda Nacional e do Estado de São Paulo, para permanecer oculto nas operações d e importação e comercialização dos produtos citados, utilizou contas de terceiros, as quais acolheram créditos superiores a R$ 490 milhões no transcorrer de três anos.

Participam da operação sete promotores de Justiça, 15 auditores fiscais, seis analistas tributários e mais de 90 policiais rodoviários federais nas cidades de Valinhos, Paulínia, Araraquara, Ibaté, Ribeirão Bonito, no estado de São Paulo, e em Cocalinho e Cuiabá, ambas no Mato Grosso.

A Operação Arinna, iniciou-se a partir de abordagens da PRF a veículos em rodovias federais no estado de São Paulo, durante as quais foram flagradas adulterações do Arla32, situações encaminhadas para o MPSP, que conduziu as investigações e descobriu que se tratava de algo maior, a adulteração de combustíveis, que culminou na primeira etapa realizada em novembro de 2020.

O nome da operação é uma referência à deusa do sol da extinta civilização hitita.

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