Conscientização da família sobre doação de órgãos ainda é desafio do SUS

tes, que por sua vez inicia o processo de avaliação e validação do doador e a realização de testes de compatibilidade entre o potencial doador e os potenciais receptores da lista nacional de espera, além de exames de coronavírus. 

Registro de janeiro de 2020 das irmãs Glacelise Bettini da Silva Medrado, receptora do rim, e Carmem Regina da Silva Medrado, doadora.

Governo de Mato Grosso retoma transplante de Rins, Glacelise Bettini da Silva Medrado
Créditos: Marcos Vergueiro/Secom-MT

Tipos de doação

Em janeiro de 2020, quando foi retomado o transplante de rim em Mato Grosso, as  irmãs Glacelise Bettini da Silva Medrado, receptora do órgão, e Carmem Regina da Silva Medrado, doadora, foram as primeiras pacientes a serem atendidas via SUS após mais de 10 anos de paralisação do serviço no Estado. Elas se enquadram na doação entre pessoas vivas, mas existe também doação de pessoa falecida.

O doador vivo pode ser qualquer pessoa saudável que concorde com a doação. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea e parte do pulmão. Pela Lei, parentes até quarto grau e conjugues podem ser doadores; não parentes, somente com autorização judicial. Para isso, é necessário que o voluntário tenha sido submetido a uma rigorosa investigação clínica, laboratorial e de imagem, e esteja em condições satisfatórias de saúde, possibilitando que a doação seja realizada dentro de um limite de risco aceitável.

O único cadastro de doadores existente no Brasil é o Registro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), realizado nos Hemocentros públicos. O interessado poderá se cadastrar como doador voluntário de medula óssea na sede do MT Hemocentro, em Cuiabá.

Doador falecido é um paciente com morte encefálica, geralmente vítima de lesões cerebrais, como traumatismos cranianos ou AVC (derrame cerebral). O doador falecido pode doar coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córneas, veias, ossos e tendões. Portanto, um único doador pode salvar inúmeras vidas.

Não existe muitas restrições à doação de órgãos para nenhum dos dois tipos de doadores, mas a doação pressupõe alguns critérios mínimos como causa da morte, doenças infecciosas ativas, dentre outros. Também não poderão ser doadoras as pessoas que não possuem documentação ou menores de 18 anos sem a autorização dos responsáveis. A família do doador, para casos de doação após a morte ou em vida, não paga nada e tampouco recebe qualquer pagamento pela doação.

Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo SNT.

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