Custo de produção e demanda foram desafios da suinocultura em 2021, diz Cepea

Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostram que na região compreendida por Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba, na média de 1º de janeiro a 27 de dezembro, o suíno vivo se desvalorizou 13,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de R$ 8,36/kg em 2020 para R$ 7,24/kg na parcial deste ano, em temos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de novembro de 2021).

Com o baixo poder de compra da população brasileira, as vendas de carne suína no mercado doméstico tiveram forte volatilidade ao longo de 2021. Na maior parte do ano, as vendas estiveram desaquecidas e abaixo do esperado pelo setor, fator que pressionou as cotações do animal vivo, dos cortes e das carcaças”, disse em nota.

Quanto à carcaça especial suína, o Cepea avalia que os frigoríficos tiveram dificuldades em repassar custos, dada a baixa liquidez na maior parte do ano. De 2020 para 2021 (até o dia 27 de dezembro), a carcaça especial se desvalorizou 0,2%, passando, em média, de R$ 10,69/kg para R$ 10,67/kg (neste caso, os valores foram deflacionados pelo IPCA de novembro de 2021).

De acordo com o centro de estudos, os elevados preços do milho e do farelo de soja foram um desafio para o pecuarista nacional. Na média de 1º de janeiro a 27 dezembro de 2021, o Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) subiu 45,8% na comparação com o mesmo período de 2020, passando de R$ 65,60/saca de 60 kg, para R$ 95,60, em temos reais (valores deflacionados pelo IPCA de novembro de 2021).

O preço do farelo de soja comercializado na mesma região paulista teve aumento real de 21,7%, passando de R$ 2.125,42/tonelada para R$ 2.586,12/t no mesmo comparativo. “Com isso, o poder de compra do suinocultor paulista apresentou uma grande deterioração, recuando, de 2020 para 2021, quase 30% frente ao milho e de 17,1% frente ao farelo de soja.”

Exportações

Já as exportações brasileiras de carne suína, lembra o Cepea, registraram novos recordes no ano. De janeiro a novembro, o volume embarcado, de 1,03 milhão de toneladas, já é recorde para um ano completo e supera em 2,1% as vendas externas de todo 2020 (que foi de 1,01 milhão de toneladas), destacou, citando dados da Secex.

Em receita, de janeiro a novembro de 2021, o faturamento em real foi 11,3% maior ante 2020, somando R$ 13,05 bilhões.

 

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