“A Defesa Civil pede à população que evite atravessar uma rua ou trecho alagado (a pé, de bicicleta, com ciclomotores ou automóveis) para prevenir acidentes com buracos, ou com a força das águas”, afirma, reforçando que “caso esteja chovendo e exista algum trecho alagado, procure outra rota ou aguarde a chuva terminar, pois logo essa água irá escoar normalmente”.

Pois é. A questão é mesmo o “durante” a tormenta, destaca o coordenador, reiterando que, em uma média de 15 minutos, a água já encontra seu caminho natural e a situação volta à normalidade. E por que isso acontece? Vamos lá:  nosso relevo, bem plano, favorece estas ocorrências, as redes de drenagem onde mais se registram estas ocorrências são antigas e defasadas diante do crescimento da cidade, ainda há pontos que estão sem a rede de drenagem ativa, como no caso do Residencial Mário Raiter. No conjunto habitacional, a rede está concluída, mas precisa ser ligada a um emissário (uma tubulação maior), que ainda não está pronto, para que a água coletada possa ter o destino adequado, no caso, o Rio Lira.

O fator antrópico também tem uma boa parcela de responsabilidade aí: ou seja, a ação do homem na destinação errada de lixo, já que muitas bocas de lobo estão repletas de resíduos, que vão desde folhas de árvores e garrafas pet a uma variada gama de “tudo que não deveria estar ali”.

“Neste ano, trabalhamos de forma muito intensa na melhoria da drenagem nos bairros São José e São Domingos, além de também melhorarmos vários pontos críticos, mas é inegável que há um longo trabalho a ser feito, principalmente para adequar redes mais antigas à nova demanda que se apresenta”, comenta o secretário de Obras e Serviços Públicos, Milton Geller.

Entre os pontos já mapeados, tanto pela Defesa Civil, quanto pela Secretaria de Obras, estão a região que vai da Área Verde Central até o Fórum; a Avenida Porto Alegre, na altura do bairro Morada do Sol; a avenida São Francisco de Assis, na região do Cemeis São Domingos, o Residencial Mário Raiter e também a Avenida Brescansin, entre a Igreja Matriz e a Praça da Juventude.

O que fazer para evitar estas situações? Não jogue nada nas bocas de lobo. Elas são exclusivas para a água das chuvas. Se for preciso pedir ajuda, acione a Defesa Civil pelo 199 ou o Corpo de Bombeiros pelo 193. Quer solicitar limpeza de bocas de lobo ou outros serviços promovidos pela Prefeitura Municipal de Sorriso? Dique 150.