A coordenadora de Vigilância em Saúde, Taynná Vacaro, explica que a dengue com sinais de alarme ocorre quando há sintomas como dor abdominal intensa, vômito constante e necessidade de internação. Já na dengue grave ocorre reação mais drástica do organismo ao vírus, com sintomas como alteração dos batimentos cardíacos, vômitos persistentes e sangramentos, que podem ser nos olhos, gengiva, ouvidos e/ou nariz.

Em comparação com o início de 2021, foi registrada uma queda de 43,67%. Nos primeiros 60 dias do ano passado foram 332 registros. Em janeiro de 2021 foram 133 casos confirmados -11 com sinais de alarme, e, em fevereiro foram 199 – 7 com sinais de alarme. 2021 registrou 2.074 casos de dengue; 54 com sinais de alarme e 2 graves.

Além da dengue, há a preocupação com a Zika e Chikungunya. Até o momento, nenhum caso das enfermidades foi registrado. Já em 2021, foram 12 casos de Zika e 1 de Chikungunya.

Taynná pontua que independente do número de casos ter apresentado queda, os cuidados preventivos devem permanecer os mesmos. “Por isso, salientamos mais uma vez a importância da população nos auxiliar mantendo os ambientes limpos”.

A coordenadora salienta que hoje os locais com maior índice larvário são o Projeto Casulo com 26,67%; o Verdes Campos com 17,81% e o residencial Nova Prata que registrou 9,74%. O índice geral do Município chegou a 3,14% quando o aceitável pelo Ministério da Saúde é de 1%.

Diminuir esses índices e evitar criadouros do Aedes aegypti, é uma preocupação constante da Secretaria de Saúde, conforme explica Taynná. “Estamos atentos o ano todo. Nosso foco não está somente nos meses chuvosos; precisamos que a população também compactue com isso e nos auxilie tanto na época de chuvas quanto no período de estiagem para mantermos esses índices baixos”.

Toda a população, independente do bairro, precisa estar atenta e manter quintal, calhas e terrenos baldios limpos, evitando criadouros não só de Aedes, mas de vários outros espécimes peçonhentos, alerta a enfermeira. E, entre os principais pontos com larvas, estão as plantas.

“Registramos muitas larvas em vasos de flores”, reforça a profissional. Por isso, a equipe solicita que os moradores mantenham os pratos de vasos de flores com areia. “E verifiquem qualquer recipiente, grande ou pequeno, que possa acumular líquido”, lembra.

Em condições ambientais favoráveis, após a eclosão do ovo, o desenvolvimento do mosquito até a forma adulta pode levar um período de 10 dias. Por isso, a eliminação de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana: assim, o ciclo de vida do mosquito será interrompido.

Hoje, 44 agentes de combate a endemias atuam no Departamento de Vigilância, 35 deles diretamente à campo. “Mas lembramos a todos que cada um é responsável pelo seu lar; então é essencial que uma vez por semana verifiquem recipientes, calhas, plantas, cisternas, etc., e que toda a população nos auxilie não descartando lixo a céu aberto, pois muito desse lixo acaba entupindo bueiros e servindo como o criadouro ideal para todo tipo de mosquitos e de animais peçonhentos”, aponta.

Uso de inseticida

A Secretaria tem recebido várias solicitações dos moradores para a aplicação de inseticida devido à grande quantidade de mosquitos na área urbana do Município. Porém, há critérios para a aplicação do inseticida. Geralmente, o produto é enviado pelo Ministério da Saúde e só pode ser aplicado quando há ou notificação de caso suspeito ou a confirmação de caso. Sem a notificação não há como aplicar o veneno, pois não haverá a reposição da quantia usada por parte do MS.

“O veneno mata apenas o mosquito que estiver voando; ele não elimina mosquitos pousados ou as larvas. Então, a melhor recomendação é a eliminação, mantendo tudo limpo”, diz Taynná. Quando há confirmação ou suspeitas de casos de dengue, o inseticida é imediatamente aplicado em todo o quarteirão do local de suspeita ou confirmação.

Além da aplicação de inseticida, o Município instituiu o calendário permanente de coleta de resíduos sólidos para descartes e tem realizado mutirões de limpeza para evitar a proliferação tanto do mosquito como de outros animais peçonhentos.