Empresários e moradores criam associação para discutir projeto de mão única na Perimetral Sudoeste em Sorriso

O grupo, que reúne mais de 100 empresários e moradores da região, pede a realização de uma audiência pública e a suspensão do projeto, alegando que a mudança pode prejudicar o comércio local e comprometer a mobilidade urbana

O programa A Voz do Povo recebeu nesta terça-feira (15) representantes de uma comissão recém-formada por empresários e moradores de Sorriso, criada com o objetivo de discutir e buscar alternativas ao projeto de transformação da Perimetral Sudoeste em via de mão única. A proposta foi apresentada recentemente pela Secretaria Municipal de Segurança Pública, Trânsito e Defesa Civil, e tem gerado preocupação entre comerciantes e residentes da região.

Participaram da entrevista os empresários Eloíza Alves (Auto Posto Avanti), Willian Fardin (São José Supermercado), Charles Alencar (Restaurante Água na Boca), além da moradora Charlene Gabriele Demkoski. Eles explicaram que a comissão foi constituída para reivindicar a realização de uma audiência pública e rediscutir o projeto, que, segundo eles, apresenta falhas graves em sua concepção e planejamento.

De acordo com os integrantes, a proposta de binário com a Perimetral do CTG é impraticável, já que esta via fica a uma distância considerável da Perimetral Sudoeste, inviabilizando um fluxo eficiente de trânsito. O projeto também sugere como contrafluxo a rua Lupicínio Rodrigues, que possui caráter estritamente residencial, ao contrário da Perimetral Sudoeste, que concentra aproximadamente 300 estabelecimentos comerciais.

A comissão conta com o apoio de mais de 100 empresários locais e está coletando assinaturas por meio de um abaixo-assinado que já ultrapassa 2 mil adesões. Os signatários pedem que o projeto seja suspenso e que, no lugar da transformação em mão única, seja realizado um estudo técnico aprofundado, com a implementação de melhorias estruturais que preservem a vocação comercial da via.

Os representantes da comissão destacaram que, caso a proposta atual seja mantida, o impacto negativo sobre o comércio local poderá ser significativo, afetando a mobilidade de clientes e fornecedores, além de redirecionar o tráfego para vias despreparadas, aumentando o risco de acidentes.

O grupo reforça a importância do diálogo entre poder público e comunidade para que qualquer mudança de impacto estrutural na mobilidade urbana seja discutida de forma transparente e participativa. A expectativa agora é de que a Prefeitura acolha o pedido de audiência pública para debater o tema com a sociedade sorrisense.

Veja a entrevista no vídeo.

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