Dra. Juliana Pires, endocrinologista, participou do programa A Voz do Povo e falou sobre sintomas, exames, tratamentos e impactos dos distúrbios da tireoide na saúde
O programa A Voz do Povo, da Rádio Sorriso FM, recebeu nesta segunda-feira (2) a médica endocrinologista Dra. Juliana Pires para uma conversa esclarecedora sobre a tireoide, glândula fundamental para o equilíbrio hormonal do organismo.
Durante a entrevista, Dra. Juliana explicou que a tireoide é uma glândula localizada na parte anterior do pescoço e responsável pela produção de hormônios que regulam o metabolismo, o funcionamento do coração, o peso corporal, o sono, a energia e até o humor.
Ela alertou que problemas na tireoide, como hipotireoidismo (quando a glândula funciona de forma lenta) e hipertireoidismo (quando há excesso de produção hormonal), podem causar sintomas como cansaço, alterações de peso, depressão, ansiedade, queda de cabelo, pele ressecada, intestino irregular e alterações no ciclo menstrual.
A endocrinologista orientou que os exames mais indicados para avaliar a função da tireoide são o TSH e os hormônios T3 e T4 livres, podendo ser solicitados também exames de imagem, como ultrassonografia, e, em alguns casos, exames de anticorpos específicos. A frequência ideal para realização depende do histórico clínico e dos fatores de risco de cada paciente.
Sobre os fatores de risco, ela destacou o componente genético como um dos principais, além de doenças autoimunes e hábitos de vida. A alimentação também pode influenciar: excesso de soja, dietas restritivas e deficiência de iodo podem afetar o bom funcionamento da glândula.
Um dos pontos abordados foi a presença de nódulos tireoidianos, comuns na população. Segundo a médica, a maioria é benigna, mas requer acompanhamento. “Somente exames específicos podem indicar se há risco, por isso é importante não ignorar o diagnóstico.”
Em relação ao tratamento, a endocrinologista explicou que o uso de hormônio tireoidiano costuma ser necessário no hipotireoidismo e, em muitos casos, é vitalício. Já o hipertireoidismo pode exigir medicamentos específicos, iodo radioativo ou, em casos selecionados, cirurgia.
Veja a entrevista no vídeo.