O ex-secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Nilton Borges Borgato, seria o responsável pelo transporte de droga para outros países, segundo a Polícia Federal (PF). Ele foi preso na manhã desta terça-feira (19) por suspeita de participação em esquema de tráfico internacional. A defesa dele nega.
As investigações da PF apontaram que além de Nilton, o lobista Rowles Magalhães, também é acusado de ser responsável pelo transporte internacional da droga.
Segundo a PF, foram feitas cerca de quatro remessas internacionais. Não foram repassadas informações de como se deu a investigação.
O lobista Rowles Magalhães é apontado como um dos principais integrantes da organização criminosa, junto com uma segunda pessoa ainda não revelada pela PF.
Os dois receberam mandado de prisão preventiva. Também foram cumpridos mandados na Bahia e em São Paulo.
A defesa de Nilton Borgato negou com veemência as imputações. Afirmou que o ex-secretário está à disposição da Justiça e prestará todos os esclarecimentos necessários. Segundo o advogado, a defesa técnica está tomando ciência do inquérito para adotar as providências cabíveis jurídicas.
O advogado de Rowles Magalhães afirmou que a prisão foi desnecessária, alegou que não há provas. Afirmou que vai solicitar à justiça que seja substituída por medida cautelar, para que o cliente possa esclarecer os fatos em liberdade.
A operação
Nove mandados de prisão são cumpridos na Bahia – onde a operação foi iniciada –, em São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco.
PF cumpre 9 mandados de prisão no Brasil e em Portugal, em operação contra tráfico internacional de drogas — Foto: Divulgação/Polícia Federal
Investigações
As investigações começaram em fevereiro de 2021, quando meia tonelada de cocaína foi apreendida no táxi aéreo de uma empresa portuguesa, no Aeroporto Internacional de Salvador. A droga foi encontrada enquanto a aeronave era abastecida.
Operação da PF cumpre mandados no Brasil e em Portugal — Foto: Divulgação/PF
Na ocasião, cinco pessoas foram conduzidas para Polícia Federal. Na época, no entanto, a PF e a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) não informaram se o grupo ficou preso.
PF cumpre 9 mandados de prisão no Brasil e em Portugal, em operação contra tráfico internacional de drogas — Foto: Divulgação/Polícia Federal
Além disso, transportadores dos voos e doleiros eram os responsáveis pela movimentação financeira do grupo criminoso.