Mesmo com a chegada de cilindros de oxigênio enviados pelo governo Federal, em cumprimento à decisão judicial, o estado de Mato Grosso ainda corre o risco de desabastecimento. Isto porque uma das principais fornecedoras de cilindros de oxigênio para os hospitais do estado, a White Martins, voltou a pedir ajuda emergencial para evitar mortes pela falta do insumo nas unidades de saúde.
Na carta, inclusive, a empresa alega que a demanda quintuplicou, tendo ainda uma sobrecarga em março, e chega a pedir o racionamento do uso do oxigênio, principal insumo utilizado no tratamento do paciente da covid-19 que tem os pulmões como foco do vírus. Clique AQUI e leia a íntegra da carta
“Aproveitamos a oportunidade para reiterar a necessidade de otimizar o uso de oxigênio, estimulando o uso racional do produto pelas unidades de saúde, bem como a adequação da infraestrutura e eventual aplicação da rede de distribuição de oxigênio de acordo com os novos pontos de consumo que a unidade hospitalar pretende criar, visando sempre a confiabilidade dos fornecimentos de oxigênio aos pacientes”.
Para evitar o caos, o líder da bancada federal de Mato Grosso, deputado Dr. Leonardo (SD), acionou novamente o Ministério da Saúde em busca de uma solução permanente para o problema, na noite de segunda-feira (29), como apoio logístico da Força Aérea Brasileira (FAB).
A solicitação do apoio da FAB partiu da própria White Martins. No documento enviado ao Governo do Estado, ela solicita notificação com urgência do Ministério da Saúde em busca do apoio da Força Aérea para apoio logístico e ainda cobra uma atuação das autoridades em relação às fornecedoras multinacionais e ressalta o risco da falta de oxigênio. A própria fornecedora afirma ter aumentado em 30% a frota e outras medidas para tentar amenizar o problema de distribuição.
“Tememos que a falta de apoio aéreo na maior brevidade possível comprometa o fornecimento contínuo e ininterrupto de oxigênio às unidades de saúde atendidas pela White Martins no estado de Mato Grosso, colocando em risco a vida de pacientes”, consta de trecho do documento da White Martins.
Em ofício protocolizado junto ao Ministério da Saúde, o parlamentar anexou a carta da empresa e chamou atenção ao alto índice de casos graves da covid-19 em Mato Grosso e a possibilidade do desabastecimento de oxigênio nas unidades de saúde devido ao aumento de 250% do uso normal do insumo, e com previsão de incremento ainda maior nos próximos dias.
