O lulista Benedito Cardoso dos Santos, 44, foi morto com cerca de 70 golpes de faca e machado. De acordo com o laudo da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec), os ferimentos atingiram principalmente as regiões da cabeça e pescoço. Benedito morreu no dia 7 de setembro em Confresa (a 1.167 km de Cuiabá), depois de uma discussão política com o bolsonarista Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos.
Após a necropsia, a Politec concluiu que a causa da morte foi choque hipovolêmico, caracterizado pela perda de grande quantidade de sangue, impedindo a circulação para o resto dos órgãos por meio do coração.
Outros ferimentos profundos, destacados no documento, são nas regiões hioidiana e carotidiana (frente e trás do pescoço), além da zona clavicular.
O crime
A briga entre Rafael e Benedito teria começado na noite da quarta (7), dia marcado por manifestações partidárias durante as homenagens ao Dia da Independência do Brasil. Entretanto, somente na manhã seguinte o corpo de Benedito foi encontrado pela sua chefe, que não foi identificada.
Em relato à Polícia Civil, a mulher explicou que perguntou a Rafael o que teria ocorrido, já que ele foi o último a estar com a vítima, mas o suspeito teria contado uma história confusa e isso a deixou desconfiada.
À chefe, Rafael disse que dois homens teriam invadido o local, executado Benedito e depois ainda teriam tentado matá-lo. Contudo, momentos depois Rafael pediu um adiantamento, com a intenção de fugir. Por isso, a mulher resolveu chamar a Polícia Militar.
A Polícia Civil informou que Rafael gravou um vídeo do corpo da vítima e formatou o celular antes de entregar para um amigo. Com base nas informações, foi autorizado a quebra de sigilo do aparelho.
Devido ao histórico de transtornos mentais de Rafael, a Justiça também determinou que ele passe por um exame de insanidade mental, atendendo ao pedido do Ministério Público Estadual (MPE-MT).
